terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Fogo consome floresta

No AMAZÔNIA:

Cinco dias de queimada, mais de 300 metros quadrados de mangue e pasto consumidos pelo fogo e um prejuízo incalculável com perdas de fauna e flora. Esse é o saldo de um incêndio que começou na última quinta-feira em um pequeno roçado se alastra pelo Mangal Grande, uma área de preservação ambiental em São Caetano de Odivelas, no nordeste paraense.
Centenas de árvores foram reduzidas a cinzas e vários animais estão mortos. 'É uma das coisas mais tristes que eu já vi e o pior é que fogo está totalmente fora de controle', diz um morador da cidade que enfrentou duas horas e meia de viagem até Belém exclusivamente para denunciar o incêndio ao jornal Amazônia. 'Precisamos de ajuda. As chamas estão quase chegando à beira da pista e é questão de pouco tempo para que todo o mangue venha abaixo', afirma o denunciante.
Apesar da gravidade do incêndio, até o fechamento desta edição o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) ainda não havia sido acionado oficialmente para acompanhar o caso e, portanto, nenhum agente do órgão foi encaminhado ao local. 'Ainda não recebemos nenhuma denúncia oficial sobre o incêndio. Se não formos notificados, não temos como buscar apoio de equipes de Bombeiros e também pressionar a prefeitura na busca de um plano de ação mais efetivo no combate às chamas', diz o chefe de fiscalização do Ibama no Pará, Paulo Fabrício Vieira Franca.
O atraso pode acarretar prejuízos ainda maiores ao meio ambiente e à população que vive às margens do mangue. 'Quanto mais demorada a ação conjunta de combate ao incêndio, maior o estrago que o fogo vai causar. Mesmo com ações de recuperação e reflorestamento, um mangal demora, em média, dez anos para se recuperar de uma degradação', diz o chefe de fiscalização.

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