domingo, 20 de dezembro de 2009

O que ele disse

“Eu tirei a roupa do rei. O rei veio aqui nu para conversar com os parlamentares. Agora, já sabemos: é só apresentar uma emenda reduzindo o valor de livre remanejamento que eles correm para a Casa para conversar.”
Parsifal Pontes (na foto), líder do PMDB na Assembleia e autor da proposta que reduzia o percentual de remanejamento de recursos orçamentários de 25% para 3%, em recado direto ao chefe da Casa Civil e ao consultor-geral do Estado, respectivamente Cláudio Puty e Carlos Botelho, que bateram ponto no Legislativo, nos últimos dias, para negociar a aprovação do Orçamento.

2 comentários:

Anônimo disse...

É verdade, ele tirou a maior onda. Mas como não foi eleito, está na vaga do Chicão e como muda de lado conforme suas conveniências, só você está lhe dando confiança e enchendo a sua bola. Jader agradece!

Madison Paz disse...

Apresentar proposta para a redução de remanejamentos de verbas, de 25% para 3% até parece mera provocação para chamar os papas do planejamento orçamentário do governo Ana Júlia à razão.
Mesmo sem conhecer o detalhamento da proposta do Deputado Parcifal Pontes (que, certamente tem princípio, meio e fim, coerentemente estruturados – como é de se esperar do trabalho de um parlamentar sério) há que se convir que 25% de remanejamento é deixar espaço para se duvidar da seriedade de qualquer plano de ação derivado do chamado orçamento participativo, “marca” nos governos petistas (e que á faz escola, com outros rótulos, junto a outras siglas partidárias, até mesmo como o arqui-rival PSDB).
Limitar o remanejamento nas verbas do orçamento, em apenas 3% é fechar espaços até em prejuízo, de necessidades eventuais que, imprevistas, sejam de elevado interesse social, justificando, assim, uma responsável reprogramação orçamentária, necessariamente apoiada em parâmetros pré-estabelecidos para atender os casos circunstanciais, sem prejuízo de um plano de governo comprometido com o interesse público.
Vale, portanto, o dito popular: “Nem tanto a terra, nem tanto ao mar”. Esse, acredito, deve ser o lema de quem se predispõe a legislar com seriedade, tal como, à distância, me parece ser o traço da personalidade política do deputado que, no episódio, ficou com a sensação de que “despiu o rei”.