No AMAZÔNIA:
O pastor evangélico Pedro Ataíde Botelho da Silva, de 48 anos, da igreja Assembléia de Deus da vila Mocajubinha, município de Terra Alta, foi preso, na manhã de ontem, acusado de manter uma plantação de maconha com mais de cinco mil pés. Também foi presa a esposa dele, Maria Edinalva Lisboa, de 48 anos. Segundo o delegado Alberto Teixeira, superintendente da Polícia Civil na região do Salgado, o casal negou estar plantando maconha, 'inclusive dizendo que o saco contendo sementes da droga encontrado na casa deles foi uma armação da polícia para poder incriminá-los', contou o delegado. Segundo a polícia, uma terceira pessoa que estava na casa conseguiu fugir depois de trocar tiros com os policiais.
Distante dois mil metros da casa dos acusados, cercada por uma mata fechada, os policiais encontraram a plantação de maconha, ainda em fase de crescimento. Com a ajuda dos delegados Marcos Alberto, Renato Barata e Sauel HIgaki, e dos investigadores Munhoz, Olimpio, Barbalho, Mateus Leonardo, o delegado Alberto Teixeira mandou que todos os pés fossem arrancados - tarefa que tomou todo o restante do dia e parte da tarde. O material foi levado para a sede da superintendência, onde foi apresentado à imprensa, junto com os dois acusados, e depois encaminhado ao Centro de Perícias de Castanhal, para ser periciado.
O caso ficou sob a responsabilidade da delegada Micheline Malheiros, que vai enquadrar os suspeitos nos artigos 33 e 35 da Lei de Entorpecentes (nº 11.343/2006), que prevê até 15 anos de reclusão em regime fechado. Os acusados negaram tudo e dizem que estão sendo vítimas de um irmão de Pedro.
O superintendente informou que a prisão dos traficantes é mais uma etapa da operação Tentáculo, que em apenas um mês já colocou mais de 45 bandidos atrás das grades. E que a casa de Pedro e Edinalva já vinha sendo monitorada. A incursão na terra deles era apenas uma questão de tempo, e foi o que aconteceu, segundo a polícia, a partir das 4 horas. Alberto Teixeira disse que a área é cheia de armas caseiras conhecidas por 'bufetes', usadas para pegar animais e também quem aparecer para roubar a maconha. 'Toda a maconha produzida pelo casal era comercializada na vila do Abade, em Curuçá', informou o delegado.
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