No AMAZÔNIA:
Depois de ser agredida por um vizinho, Cirlene Silva dos Reis, de 30 anos, revoltou-se e matou a facadas seu agressor. O crime ocorreu na noite de domingo, no bairro do Guamá. A acusada esfaqueou pelo menos quatro vezes Jefferson Quaresma da Silva, que ficou possesso ao saber da venda de uma bicicleta para Cirlene. A vítima morreu na madrugada de ontem, no Pronto-Socorro do Guamá, dada a violência dos golpes desferidos pela doméstica.
De acordo com informações da Seccional do Guamá, Cirlene e a companheira de Jefferson, Gisele do Mar da Silva, bebiam juntas próximo à casa da acusada, na passagem São Cristóvão, a poucos metros da rua Barão de Igarapé-Miri. Por volta das 21h30, enquanto consumiam vinho, Gisele ofereceu uma bicicleta para venda. Cirlene aceitou a proposta e fechou negócio. Pouco depois, o marido de Gisele retornou bêbado à residência do casal e, segundo versões, revoltado ao saber que a mulher venderia a bicicleta. Eles começaram a brigar e Jefferson foi expulso da casa pela companheira. Descontrolado, Jefferson saiu de casa e foi tomar satisfações na residência de Cirlene, visto que ela foi o pivô da briga entre ele e sua companheira.
No imóvel, Jefferson pouco falou e partiu logo para a agressão. Cirlene recebeu um soco no rosto desferido por Jefferson. A agressão não foi avante porque o homem foi impedido por outros moradores que assistiram à confusão. A doméstica, então, se recompôs, se armou com uma faca e aplicou um golpe no peito do agressor. A mulher não se conteve e deu mais três facadas na vítima. Jefferson caiu no chão e foi socorrido por parentes de Gisele, que prometeram se vingar de Cirlene pelo o que ela fez.
Uma guarnição da 11ª Zona de Policiamento Urbano (11ª Zpol/PM) compareceu ao local do crime logo depois de ser acionada pelo Centro Integrado de Operações (Ciop). De acordo com o PM Eloy Inácio Pereira Júnior, Cirlene fez uma fofoca a Gisele e por isso foi agredida por Jefferson, que se revoltou com a história, uma versão diferente da contada em depoimento pela acusada.
A doméstica não reagiu à voz de prisão e se entregou. Ela confessou o delito e disse que só fez aquilo porque foi agredida por um homem - muito mais forte do que ela - e precisava se defender dele. Cirlene também admitiu arrependimento, pois tem uma filha para criar. A doméstica foi autuada em flagrante inicialmente por tentativa de homicídio, mas após a confirmação da morte de Jefferson pelo PSM do Guamá, ela responderá na justiça pelo crime de homicídio.
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