sábado, 14 de março de 2009

Briga com travestis continua

No AMAZÔNIA:

Os travestis que se prostituem no entorno da travessa Quintíno Bocaíuva com a rua 28 de Setembro e das travessas Gaspar Viana e Rui Barbosa, no bairro do Umarizal, em Belém, continuam a complicar a vida dos moradores da área, que reclamam, principalmente, de não terem apoio da polícia para conter os abusos cometidos pelos travestis. A situação motivou um protesto na última quinta-feira, onde os moradores exigiram que travestis deixassem de constranger crianças e idosos, acabando também com as gritarias e orgias que seriam promovidas por eles.
De acordo com moradores de um prédio residencial, localizado na rua 28 de Setembro com a Quintino, os travestis chegam à calçada do edifício por volta das 18h30, todos os dias. 'A partir daí tudo começa. São gritos, brigas, assaltos e até sexo no meio da rua', reclama uma moradora do prédio que prefere não se identificar. 'Eles trocam de roupa na calçada do prédio, brigam entre si, andam armados e fazem sexo pra todo mundo ver. O prédio é cheio de crianças. Ninguém pode descer pra nada. Quando os moradores recebem visitas eles vão em cima dos carros e abordam as pessoas, muitas vezes para roubá-las', completa, indignada, a mesma moradora.
Ainda segundo ela, vários ofícios já foram enviados à polícia, sem sucesso. 'Não entendo. Vários carros da polícia param, chegam a conversar com eles, mas não fazem nada. Algumas vezes até presenciam brigas, mas em seguida vão embora. Agora, se eles (travestis) chamarem a polícia e disserem que estão sendo espancados ou coisa parecida, a polícia aparece na hora e prende gente injustamente', critica.
Outro morador, que também não quis se identificar, disse à reportagem que os travestis chegam a fazer ameaças. 'Eles arranham os carros estacionados e vão pra cima de qualquer pessoa mesmo. É preciso que alguém, alguma entidade ou órgão, faça alguma coisa. Não se trata de preconceito. Só não podemos ficar à mercê dessas pessoas', indignou-se. Na manhã de ontem, a reportagem tentou contato com a Seccional do Comércio, porém, o delegado Carlos Ivan informou que não tinha informações sobre as rondas realizadas na área em que os travestis atuam.
Criminalidade - Moradora da travessa Benjamin Constant, a telefonista Vera Carvalho diz que o tráfico de drogas é visivelmente confirmado entre os travestis, mas, que não há como provar essas ações 'É complicado. Sabemos disso tudo e não podemos fazer nada. Mas queremos que as autoridades façam. Queremos que a sociedade saiba que somos agredidos visualmente. Não nos importamos com o fato dessas pessoas venderem seus corpos. Isso é um problema deles, desde que não agridam a pessoas que não têm nenhuma relação com o mundo deles', observa.
Na próxima quarta-feira, dia 18, às 15 horas, haverá uma reunião na Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh). Participam do encontro tanto representantes dos moradores, quanto dos travestis, além das polícias Civil e Militar do Estado.

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