No AMAZÔNIA:
Um grande cortejo ecumênico e artístico foi realizado ontem no início da noite às margens da baía de Guajará, na Fundação Curro Velho, para homenagear com muita cultura, alegria e música a padroeira dos paraenses, Nossa Senhora de Nazaré. Artistas de quatro grupos culturais dos municípios de Belém, Ananindeua, Soure e Ponta de Pedras (região do Marajó) se reuniram para celebrar, com muito sincretismo e elementos da cultura amazônica paraense a maior festa religiosa da região, juntamente com convidados e moradores da Vila da Barca e do bairro do Telégrafo.
Com o título 'Arte e fé: Cultura popular no Círio de Nazaré', o cortejo foi aberto por um grupo de jovens dançarinas e dançarinos de carimbó, acompanhados por outro vestido de índios e índias, ao som dos tambores e da musicalidade do carimbó marajoara. A celebração foi realizada pelo padre Evair, redentorista da paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Ele lembrou que 'a união da fé com a cultura servem para celebrar a padroeira e o ser humano que através da cultura manifesta sua fé'.
Além de poesia e carimbó, a celebração também teve lundu, xote e ritmos afros como o afoxé e o batuque. Para Clodoaldo Silva, da coordenação do evento, os grupos que integram o Festival Folclórico da Amizade já realizam esse tipo de manifestação ecumênica. Com apoio da Fundação Curro velho, como instituição de cultura, eles decidiram pela celebração para fortalecer e estimular mais uma das diversas manifestações culturais durante o período do Círio de Nazaré. 'É também para celebrar a sociabilidade e a nossa ancestralidade através de várias linguagens artísticas', declarou.
Participaram da celebração os grupos 'O Cruzeirinho', de Soure, 'Naruaques', de Ponta de Pedras, 'Amazônia', de Ananindeua, e 'Grupo Folclórico do Sesc' e 'Paranativos', de Belém. Durante a celebração foram usadas frutas como oferendas para a comunhão, como forma de manifestação em favor da preservação e conservação da natureza.
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