domingo, 6 de janeiro de 2008

A oposição paga o pato

Na FOLHA DE S.PAULO:

Governo mira emendas da oposição para cortar gastos
Equipe econômica quer também reduzir despesas com passagens e diárias

A equipe econômica do governo definiu três diretrizes para reduzir gastos e dar o troco na oposição pela rejeição da CPMF: 1) promover um corte "salgado" nas emendas parlamentares; 2) reduzir drasticamente os gastos com passagens e diárias; e 3) bloquear parte do Orçamento até abril.
Segundo apurou a Folha, a tesoura do governo causará estrago maior nas emendas de bancada, aquelas feitas por partidos políticos. A idéia que dominava os debates até a noite de sexta-feira era priorizar cortes nas emendas da oposição no Senado, justamente onde a prorrogação da CPMF foi derrubada em dezembro.
A chamada junta orçamentária, composta por técnicos da Fazenda, do Planejamento e do Banco Central ainda não havia fechado percentagens ou números até a noite de sexta.
Passado o alarme do fim da CPMF, os técnicos foram aos cálculos. Vêm mapeando as viagens e diárias de cada ministério, para estimar quanto é possível economizar. Concentram os questionamentos nas viagens de servidores realizadas às segundas e sextas-feiras, usualmente desculpas para retorno ao Estado de origem.
A terceira diretriz esconde uma maldade política. Ao bloquear, ou "contingenciar" no jargão técnico, a equipe econômica deixará ministérios como Turismo e Esportes com o orçamento virtualmente cortado dadas as restrições de ano eleitoral. Quando os recursos retidos começarem a ser liberados (o que costuma ocorrer em maio), os ministérios não teriam tempo hábil para empregar o dinheiro, pois terá começado a proibição de gastos em período de eleições.


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