quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Nada como um Alcolumbre atrás do outro

Alcolumbre e Messias: o senador nunca muda. O que muda são as indicações que o contrariam.

Em 2021, Davi Alcolumbre, então presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, travou por nada menos do que cinco meses a sabatina de André Mendonça, escolhido pelo então presidente Jair Bolsonaro para uma vaga no Supremo.

Isquerdistas e cumunistas em geral adoraram, dizendo que era uma prerrogativa da CCJ definir o melhor momento para arguir o indicado.

Bolsonaristas em geral odiaram, argumentando que Alcolumbre, defensor da indicação do PGR Augusto Aras, ignorava as prerrogativas do Executivo, ao qual compete indicar nomes para a Corte Suprema.

Em 2025, Davi Alcolumbre, agora presidente do Senado, faz tudo para melar a indicação do presidente Lula para o Supremo, o chefe da AGU, Jorge Messias. Tudo porque ele, Alcolumbre, preferia ver ministro do STF o senador Rodrigo Pacheco.

Bolsonaristas em geral estão exultantes, alegando ser uma prerrogativa do presidente do Senado assumir o controle da tramitação de matérias que chegam à Casa, inclusive, neste caso específico, marcando a sabatina na CCJ.

Isquerdistas e cumunistas em geral estão odiando, sob o argumento de que Alcolumbre ignora prerrogativas do Executivo, ao qual compete indicar nomes para o Supremo.

Nada como um Alcolumbre atrás do outro, para desnudarem-se vergonhosas incoerências à isquerda e à direita.

Nada como um Alcolumbre atrás do outro para descobrir-se que Alcolumbre, ele sim, é verdadeiramente coerente. Até mesmo quando não é.

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