terça-feira, 8 de outubro de 2024

Malafaia chama Bolsonaro de "covarde" e "omisso". Nesta briga, apoiemos a briga. Com todo o amor.

Malafaia e Bolsonaro: o pastor solta o verbo contra o golpista "covarde" e mito do mimimi.
Quem diz que Bolsonaro é "covarde", prestem atenção, é Malafaia.

Quando você vir bolsonaristas se estapeando no meio da rua, apoie a briga. Pegue copos d'água, distribua-os entre os brigões e deixe que continuem a se estapear.
Apoie uma briga de bolsonaristas com todo o seu amor, com todo o seu vigor e com seu pleno senso de patriotismo.
É um regalo, é um êxtase, sem dúvida, vermos bolsonaristas se estapeando a céu aberto, antes, durante e depois das eleições municipais do último domingo.
É graticante assistirmos ao direitista Silas Malafaia - a voz de direita mais barulhenta entre o segmento evangélico - dizendo as, digamos assim, suas verdades (que também podem, eventualmente, coincidir com as nossas, por que não?) sobre o "covarde" e "omisso" Jair Bolsonaro.
A Folha de S.Paulo subiu (subir é expressão que eu acho ótima) no início da manhã desta terça (08), em seu site, uma longa entrevista da jornalista Mônica Bergamo com o pastor Silas Malafaia sobre as eleições de domingo.
Ele cai de pau, senta a pua, muquia - com gosto e estilo - o mito Jair Bolsonaro, esse covarde de carteirinha que mostra sua covardia não é de agora. Um das maiores demonstrações de covardia é ter articulado e alimentado ações golpistas, mas jamais assumido; ao contrário, fugiu para Miami no ocaso de seu desgoverno e ficou assistindo a tudo de lá, de camarote.

"Em cima do muro"
"Covarde, omisso, que se baseia em redes sociais e não quer se comprometer. Fica em cima do muro. Para ficar bem sabe com quem? Com seguidores [de redes sociais]", diz o pastor, reprovando a postura do ex-presidente sobretudo em relação ao bandido Pablo Marçal e à disputa entre os candidatos do PL e do Podemos, em Curitiba.
Malafaia diz mais.
Revela que bombardeou Bolsonaro com dezenas de zaps - duríssimos, segundo o pastor -, nos últimos dias, questionando-o sobre várias questões eleitorais. Covarde, Bolsonaro não respondeu a nem um, e ainda reclamou a outro pastor que estava sendo ofendido por Malafaia.
Veja, a seguir, três momentos impagáveis da entrevista:

Um político é reconhecido por seus posicionamentos. Qual foi a sinalização que o Bolsonaro passou? "Eu não sou confiável em meus apoios políticos".
Quem vai fazer aliança com um cara que não é confiável? O que ele fez em São Paulo e no Paraná [onde se comprometeu anteriormente com alianças] foi uma vergonha.
Em São Paulo ele ficou em cima do muro. No Paraná, tendo candidato [indicado pelo PL] a vice [de Eduardo Pimentel, que concorre a prefeito], declarou para a mulher lá [Cristina Graeml, que concorria contra Pimentel] "pode usar meu nome".
Sinalizou duplamente. Gente! Isso não é papel da direita de nível maior.
Eu apoio Bolsonaro. Mas eu já disse: sou aliado, e não alienado.

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Ontem [domingo, 6], eu mandei um "zap" [mensagem de WhatsApp] para ele: "Como você apoia um canalha que falsificou documento, que quer dividir a direita e o voto evangélico, que ora fala bem de você, ora fala mal?".
Ele [Bolsonaro] não é criança. Sabe o que ele fez [na eleição de SP]? Jogou para os dois lados.
Eu desafio: entra nas redes de Bolsonaro e dos filhos dele. Não tem uma palavra sobre a eleição de São Paulo. É como se ela não existisse.
Que porcaria de líder é esse?

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Eu não posso mostrar conversas minhas com ele, porque faz parte da intimidade, eu seria leviano. Mas vou dizer para você: nesses últimos 15 dias eu bati em Bolsonaro com tanta força no "zap"!
E sabe por que ele não me bloqueou? E por que não me xingou? Porque ele reconhece que eu sou um cara honesto, que eu sou um apoiador de primeira hora, que defendi ele nos momentos mais cruciais e críticos.
Ele estava chorando depressivo [na casa de praia que tem] em Mambucaba [em Angra dos Reis, no Rio], perto de ser preso. Liguei pra ele e falei: "Vai ficar chorando aí? Vamos para a rua, cara!".
Ele chorou por cinco minutos comigo no telefone antes de abrir a boca, no visor [chamada de vídeo] como estou agora com você.

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Ele não responde (aos zaps). Ele encontrou um deputado da minha igreja e disse: "O seu pastor está me ofendendo".
E o deputado perguntou: "O senhor conhece alguém que o defenda mais que o Malafaia?". Ele respondeu: "Não. E eu tenho que me dobrar. Por isso que não respondo a ele".

Não há dúvida: em meio a essa briga, eu estou do lado da briga.
Estapeiem-se!

2 comentários:

  1. Quanta maldade Sr. blogueiro. São almas bondosas, retas, íntegras, que só buscam o melhor para si e para si. Muda-se o doce mas não as moscas. O Bolsonaro, o Malafaia , o Marçal, consideram-se os verdadeiros "eus" dos brasileiros : homofóbicos, racistas, misógenos, subletrados, etc. São isso tudo mas se consideram cidadãos de bem. São brasileiros violentos, mas com discurso de paz. Fernando Aramburu, em seu excelente calhamaço de umas 700 páginas - O Regresso dos Andorinhões - assim bem pontuou lá pelas tantas : " Deus é a razão principal do homem não ter alcançado a maturidade"

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  2. Mirika Bemergui9/10/24 16:07

    A única coisa boa destes seres maléficos e que como pessoas inteligentes nao perdem tempo com eles, brigam, se estapeiam, cadeiradas, xingamentos tudo entre eles kkkkkkkkkkk.Mas ainda acho que presos, era bem MELHOR pro País

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