O Centrão quer a Caixa.
O Centrão quer o Ministério da Saúde.
O Centrão quer o Ministério do Desenvolvimento Social.
O Centrão quer a Funasa.
Onde tiver uma pasta com milhões e bilhões para tomar conta, para lá estarão estendidos, com ares cúpidos, os olhares do Centrão.
Não nos enganemos, gente, não somos mais crianças para nos enganarmos: governar sem o Centrão, neste presidencialismo de fachada em que vivemos, não é possível.
O Centrão, aos poucos, está voltando aos braços de Lula.
Pode isso? Pode sim.
Até os puros se rendem ao Centrão, não é?
Jair Bolsonaro, por exemplo.
Puro, íntegro, sensível à causa pública, incorruptível, dono de uma excelência intelectual jamais igualada, esse personagem, acima de qualquer suspeita, também teve que se render, até ele, ao Centrão.
Vocês imaginem, então, se Bolsonaro fosse mesmo o que dizem - injustamente, coitado - que ele é - um fascista de primeira estirpe, um corrupto de carteirinha (com expertise em rachadinhas), um vadio que passou quatro anos sem nada fazer, um político condenado à inelegibilidade pela mais alta Corte da Justiça Eleitoral.
Imaginem se ele fosse tudo isso! Aí mesmo é que o desgoverno, ou melhor, o governo desse elemento teria sido dominado pelo Centrão.
Por isso é que o Centrão, mesmo sendo o que sempre foi - um consórcio de partidos cujos integrantes, em regra, são movidos pelos piores princípios e impulsos éticos que a política pode despertar -, está sendo agora tratado pelo bolsonarismo como o Centrão do mal. Isso só porque o Centrão, como nos governos anteriores do PT, está voltando aos braços do governo Lula.
Mas o Centrão que apoiou e integrou o governo Bolsonaro, esse Centrão o bolsonarismo avalia como o Centrão do bem.
Vocês querem ter o mesmo discernimento que o bolsonarismo tem? Juntem-se, então, ao bolsonarismo.
Já que fez essa falácia toda pra justificar a sujeição do molusco pro centrão, aproveita também e passa pano dos 9,8 bilhões do orçamento secreto, tão demonizado nessa coluna e pelo próprio ladrão de 9 dedos, afinal era coisa de fascista, que o pai dos pobres torrou pra comprar o apoio do famigerado centrão.
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