Marcos do Val e Bolsonaro, o foragido: eles se merecem |
A revista Veja disponibilizou, em seu portal, um áudio em que o senador Marcos do Val, do Podemos, confirma claramente que Bolsonaro teve voz ativa durante reunião ocorrida em dezembro do ano passado, em que o parlamentar, o então presidente e o ex-deputado Daniel Silveira teriam discutido um plano de gravar clandestinamente o ministro do STF Alexandre de Moraes, primeiro passo para um golpe.
O áudio contraria claramente, peremptoriamente, indesmentivelmente versão depois difundida por Do Val, de que Bolsonaro, durante toda a reunião, permanecera calado.
Sinceramente, desde o primeiro momento em que li ontem de manhã essa "denúncia" de Do Val, sobre o suposto golpe que vem sendo chamado de Operação Tabajara, preferi esperar os desdobramentos. Porque tinha certeza de que Do Val iria revelar-se o que sempre foi: um bolsonarista que, como todo bolsonarista que se preza, é mentiroso, irresponsável, inconsequente e, portanto, indigno da mais ínfima credibilidade.
Vejam os pontos principais da história que ele contou.
Sobre o papel de Bolsonaro
Primeiro, Do Val disse à Veja que o então presidente se manifestou claramente durante a reunião; depois, disse que ficou calado.
Sobre o local da suposta reunião, no dia 9 de dezembro
Do Val já disse que ela ocorreu no Palácio da Alvorada. Em seguida, informou que foi no Palácio do Jaburu. Em outra oportunidade, na Granja do Torto. Confrontado com a imprecisão, o cara alega que não se lembra direito. Mas ele não se lembra onde foi uma reunião ocorrida há pouco menos de dois meses? Só mesmo um mentiroso como Do Val pode mentir assim.
Sobre a renúncia
Primeiro, tomado de indignação contra bolsonaristas que o criticavam por supostamente ter traído os bolsonaristas na eleição de Rodrigo Pacheco para a presidência do Senado, Do Val anunciou que renunciaria ao mandato. Depois, voltou atrás.
Quais as verdades na história que ele contou?
Primeiro, que a reunião, ao que tudo indica, realmente aconteceu. Não se sabe se em Brasília, no Afeganistão, em Belém ou em alguma paragem da Terra Plana. Mas ocorreu.
Segundo, que nela se discutiu a gravação clandestina de Moraes, o que se depreende por prints de mensagens enviadas por Silveira.
Terceiro: que Moraes, conforme ele mesmo confirmou nesta sexta (03), foi informado por Do Val do plano para gravá-lo ilegalmente.
Quanto aos outros detalhes, inclusive sobre o nível da participação de Bolsonaro na Operação Tabajara, é muito difícil saber se Do Val disse mesmo a verdade.
Porque, como dito, o senador, como todo bolsonarista que se preza, é mentiroso, irresponsável, inconsequente e, portanto, indigno da mais ínfima credibilidade.
Veja, abaixo, a transcrição do trecho da entrevista em que Do Val afirma que Bolsonaro participou ativamente da Operação Tabajara.
As Ventiras e as Merdades Bolsonaristas
ResponderExcluirAs meias verdades e as mentiras compulsivamente propagadas por eles próprios retornarão e aprisionarão o Bolsonaro, o seu entorno e parte dos seus seguidores.