E há 20 mil anos acompanho futebol - com paixão e ardor.
Eleições, pra mim, sempre foram muito, mas muito parecidas com futebol.
No futebol, ganha que fizer mais gols.
Na eleição, quem tiver mais votos.
No futebol, projeções sobre resultados de um jogo qualquer - clássicos, principalmente - não passam de projeções. Mas o resultado que vale é aquele registrado até o árbitro encerrar a partida.
Na eleição, pesquisas são apenas a revelação de cenários, de retratos de momentos, de projeções sobre resultados. Mas o placar que vale é aquele apontado ao final da apuração.
Dito isso, reforço que não tenho o menor problema com pesquisas: não acredito e nem desacredito absolutamente em nenhuma, porque as tomo como meros balizamentos sobre o que poderá acontecer.
Pesquisas, portanto, jamais me orientaram a votar neste ou naquele candidato, porque uma ou outra aferição apontou um ou outro concorrente como favorito.
Mas é evidente que pesquisas sempre haverão de ensejar intermináveis e apaixonados debates, como os que buscam definir qual o impacto de qualquer aferição na vontade soberana do eleitor.
Num pleito polarizadíssimo como o deste domingo, aí mesmo é que as pesquisas devem ser relativizadas, eis que nem sempre conseguem alcançar o fortíssimo componente emocional que respalda a decisão do eleitor, quando posto, solitariamente, diante da urna eletrônica.
No mais, que venham cada vez mais pesquisas.
Sem elas, as eleições, convenhamos, ficariam bem menos divertidas e emocionantes.
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