Imagens de momentos da Operação Q.I., que está sendo desenvolvida na manhã desta quinta (04) e que tem desembargadores do TJPA como alvos. (Fotos: Assessoria de Imprensa da Polícia Federal) |
Desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA) e servidores de diversos órgãos do governo Helder Barbalho estão sendo alvos, na manhã desta quinta-feira (04), de Operação Q.I. (“Quem Indica”), autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça e executada por 112 agentes da Polícia Federal, em conjunto com a Procuradoria-Geral da República (PGR).
O STJ expediu 30 mandados de busca e apreensão para coletar provas de que fortaleçam os indícios de que desembargadores do TJPA, valendo-se de seus cargos, teriam patrocinado, em tese, direta e indiretamente, interesses privados perante a Administração Pública, ao indicar “apadrinhados” (parentes e amigos) para cargos em comissão em diversos órgãos do Poder Executivo do Estado do Pará.
A Polícia Federal informou que as investigações tiveram início a partir da análise do material apreendido na Operação Para Bellum, ocorrida em junho de 2020 e que apurou fraudes na compra de respiradores pulmonares pelo Governo do Pará. Em um dos telefones celulares analisados, apreendido em poder do ex-Chefe da Casa Civil Parsifal Pontes, foram localizadas mensagens indicando supostos ilícitos cometidos por desembargadores.
Nas mensagens analisadas, também há indicativos de que Parsifal, em conjunto com membros da cúpula do governo Helder Barbalho, possivelmente praticaram atos de ofício contra disposição expressa de lei (princípios constitucionais que regem a Administração Pública, destacadamente impessoalidade e moralidade), para satisfazer interesses pessoais, nomeando e/ou mantendo "apadrinhados" (parentes e amigos) indicados por desembargadores para cargos em comissão no Poder Executivo do Estado do Pará.
O nome da operação, Q.I., remete à sigla informal “Quem Indica”, em substituição à sigla original “Quociente de Inteligência”, utilizada para expressar a prevalência das referências e indicações baseadas nas relações pessoais e de amizade em detrimento do currículo, conhecimentos formais e habilidades de candidatos postulantes a uma vaga de trabalho, circunstância que fere os princípios da Administração Pública.
Com informações da Polícia Federal.
Puro refresco, não pega nada com esta gente. O maximo que pega são a aposentadoria com todos os vencimento e vantagens que tinham na ative. Justiça brasileira, vergonha nacional!
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