quarta-feira, 18 de maio de 2022

Atriz Dira Paes fala em "descaso do poder público" e cobra providências contra onda de crimes no Pará

A atriz paraense Dira Paes, natural de Abaetetuba, no Baixo Tocantins, está cobrando firmemente, através das redes sociais, providências para que seja contida a escala de violência que toma conta de várias regiões do estado do Pará nas últimas semanas, sobretudo no município de Altamira.
"O que faz uma região do Brasil não chocar um país inteiro com ao menos 12 mortes nos últimos 15 dias? Não falo de uma grande metrópole, falo de Altamira, cidade no Sudoeste do Pará. São execuções, chacinas, descaso do poder público", tuitou a atriz na manhã desta quarta-feira (18). Até agora, a postagem já tinha mais de 2,5 mil curtidas e 580 retuítes.
"Não é a primeira vez que Altamira mergulha no medo, que a população fica refém de violências extremas e no fim das contas, nada é feito efetivamente para que a cidade possa respirar aliviada. Todo esse terror é herança da má gestão e exploração ambiental, hídrica e humana. Queremos e precisamos de mais que só uma resposta. Altamira precisa de ações!!! O que está sendo feito por Altamira?", acrescenta Dira Paes.
Um de seus seguidores, em comentário, apoia a manifestação da atriz e relata o que está ocorrendo, desde o final de semana, em Marituba, na Região Metropolitana: "Matam policial, logo em seguida começa a caçada. Ontem até helicóptero tinha por aqui. Isso parece orquestrado para tirar o foco de algo maior. Ano eleitoral infelizmente é sempre assim."
Outro comentário afirma que "o Brasil não se importa com o Norte do país, nada além da extração de minérios e riquezas interessa para a grande mídia. O norte é um velho oeste abandonado por tudo e por todos, e quem sofre é a população vulnerável."
Prontidão - Desde ontem, a Polícia Militar do Pará impôs o estado de prontidão a seus contingentes em todo o estado. A determinação consta de memorando assinado pelo chefe do Estado-Marior da corporação, coronel Ronald Botelho de Souza, sob a justificativa de que o "atual momento é de instabilidade", em decorrência de atentados a agentes que atuam na área de segurança pública.
Na vigência do estado de prontidão, todos os PMs de folga, pertencentes aos Batalhões e Companhias Independentes, deverão apresentar-se fardados e equipados em suas unidades, a fim de participarem da Operação Anjo da Guarda. A finalidade da operação, de acordo com o memorando, é "proporcionar segurança, através da rede de proteção, a todos os policiais da ativa e veteranos".
O estado de prontidão está sendo decretado num momento em que o índice de assassinatos no estado assume proporções avassaladoras. Apenas em Altamira, município de 120 mil habitantes, no sudoeste do Pará, foram registrados ao menos sete homicídios em menos de duas semanas. No mesmo município, de janeiro a abril, 17 pessoas foram mortas.
Entre as vítimas dos criminosos, estão vários militares. Ontem ainda, um sargento da reserva foi morto a tiros no município do Moju. Na sexta-feira passada, em Belém, um cabo da Aeronáutica foi executado por dois bandidos dentro de um ônibus, no momento em que duas grandes operações eram feitas na Região Metropolitana.

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