Prezados leitores.
Este blog vai parar no período de quatro a seis semanas, tempo necessário para que este repórter se recupere de duas fraturas - uma num braço, outra em um dos dedos -, em decorrência de uma queda.
Espero a compreensão de todos.
Prezados leitores.
Este blog vai parar no período de quatro a seis semanas, tempo necessário para que este repórter se recupere de duas fraturas - uma num braço, outra em um dos dedos -, em decorrência de uma queda.
Espero a compreensão de todos.
➡️ @FlavioBolsonaro chama Tite de “puxa-saco” do ex-presidente Lula.
— Metrópoles (de 🏠) (@Metropoles) June 6, 2021
Para o filho do atual presidente, o posicionamento do técnico contra a Copa América no Brasil se trata da disputa entre Globo e SBT.
Leia: https://t.co/e8A4r8vEqh pic.twitter.com/9AD3UlytOp
Vejam a que ponto pode chegar a inteligência, a habilidade política e a perspicácia de um bolsonarista que não entende de nada, a não ser de rachadinha.
Vejam esse cidadão aí.
Até mesmo quando tenta defender o desgoverno do pai, que debocha da vida e não está nem aí para essa pandemia trágica, o cidadão Flávio Bolsonaro acaba engatando um discurso que serve, na medida, aos propósitos dos adversários.
No vídeo, o cidadão, com ampla expertise em rachadinha, detona Tite. Ao detoná-lo, acaba fortalecendo ainda mais os vínculos que unem os jogadores da Seleção Brasileira ao técnico.
No mais, comparar a realização de competições esportivas em países como França e Itália - que praticamente já estão superando a pandemia - com um torneio no Brasil, onde a Covid-19 está entrando na terceira onda, não passa de uma formulação mental feita por um completo e desnorteado idiota.
Com todo o respeito.
Casemiro: a voz do capitão é pela vida. E vida, todos sabemos, é algo que o governo do Capitão parece não prezar nem um pouco. Estão aí quase 500 mil brasileiros mortos pela Covid. |
No futebol, nenhuma surpresa.
No posicionamento político, uma grata, gratíssima surpresa.
No futebol, a Seleção Brasileira, que há pouco confirmou sua supremacia ao vencer o Equador por 2 a 0, no Beira-Rio, não mostrou um futebol exuberante. Mas fartamente, folgadamente, inequivocamente consolidou sua posição de melhor equipe do continente e uma das melhores do mundo, praticamente definindo sua participação na Copa do Mundo a se realizar no Qatar.
No aspecto político, a grata, gratíssima surpresa está sendo assistirmos ao pacto entre jogadores e comissão técnica, todos unidos e unânimes na rejeição a essa maluquice, a essa afronta criminosa que será a realização da Copa América no Brasil, com o apoio enfático do governo Bolsonaro.
Esse posicionamento, que já fora fortemente sinalizado na entrevista em que o técnico Tite confirmou haver uma deliberação harmônica do grupo sobre o assunto - a ser revelada apenas depois do jogo contra o Paraguai, na próxima terça-feira -, ficou claro, claríssimo na entrevista do capitão Casemiro, logo após a partida em Porto Alegre.
"Nosso posicionamento, todo mundo sabe. Acho que mais claro, impossível", disse Casemiro, mesmo sem dizer ainda qual é, uma vez que, por determinação da CBF, todos estão proibidos de falar em público sobre a questão Copa América.
"O Tite deixou claro para todo mundo qual é o nosso posicionamento e o que nós pensamos da Copa América. Existe respeito, existe hierarquia que temos que respeitar. Claro que queremos dar a opinião nossa", disse Casemiro, reforçando que os jogadores fazem questão de falar depois do jogo contra o Paraguai.
Com essa nível de consciência - humanitária e política - demonstrada pelos jogadores, pelo técnico Tite e toda a comissão técnica, uma vitória por 2 a 0 transforma-se, isso sim, numa goleada. E eleva o conceito dos que verdadeiramente fazem o futebol, apesar de dirigentes ignóbeis como os da CBF, em tabelinha com governantes igualmente repulsivos.
Márcio Miranda e Hélio Leite: nessa foto, juntos. Agora, não mais tanto assim. |
O desgoverno Bolsonaro está, convenhamos, definitivamente atolado no lodaçal em que se meteu desde o dia 1º de janeiro de 2019.
Um lodaçal que também afogou o País num tsunami de crueldades, de ódios, descontrole, maluquices diárias e mortandade avassaladora, como a que se vê diante de omissões e negligências deliberadas na gestão da pandemia.
Atolado no lodaçal, o desgoverno Bolsonaro não sabe mais o que fazer para escapar aos protestos.
Ontem, o cidadão exibiu-se, em rede nacional de rádio e TV, num pronunciamento para comemorar (sic) o bom desempenho do PIB no primeiro trimestre deste ano e proclamar a patranha, a mentira de que suas teses contrárias ao isolamento social e outras teses francamente negacionistas é que teriam conduzido o País ao início da recuperação da economia.
Bolsonaro preferiu não fazer o pronunciamento por volta das 20h30, antes de começar o Jornal Nacional, programa jornalístico de maior audiência no País. Preferiu pronunciar-se depois do JN.
Por que fez isso?
Para evitar que, no final do jornalístico da Globo, fossem mostradas imagens do panelaço.
Mas não adiantou.
Porque as imagens do maior panelaço já ocorrido até agora, durante o desgoverno Bolsonaro, foram veiculadas no Jornal da Globo de ontem e no Bom Dia Brasil, hoje de manhã. E ainda serão veiculadas, fartamente e tonitruantemente (hehe), no Jornal Hoje e no Jornal Nacional desta quinta (3).
Quer dizer: até mesmo para tentar fugir de um panelaço, o desgoverno Bolsonaro é completamente descontrolado, idiota, destrambelhado e inconsequente.
Fiel ao seu estilo de sempre.