No estacionamento do prédio em construção da Polícia Federal, no bairro do Marco, carros apreendidos na Operação SOS (fotos do Espaço Aberto) |
O estacionamento do novo prédio da Polícia Federal, que está sendo construído na Avenida Almirante Barroso com a Avenida Júlio César, no bairro do Marco, é palco de uma exposição de fontes - alguns luxuosíssimos, ressalte-se - que podem ter sido adquiridos com dinheiros provindos de fontes ilícitas.
Ali estão bem guardados, desde a madrugada de sexta-feira (2), cerca de 12 veículos apreendidos na terça-feira, 29 de setembro, durante a Operação SOS, que a Polícia Federal deflagrou no Pará e em São Paulo, com autorização do Superior Tribunal de Justiça, para apurar suspeitas de desvios em 12 contratos de R$ 1,2 bilhão, celebrados entre o governo do Pará e quatro organizações sociais, para a gestão de hospitais de campanha para o combate ao coronavírus.
Vários veículos são de propriedade de Nicolas Tsontakis Morais, apontado como homem-chave para a prática de supostos desvios de dinheiro público que a Procuradoria Geral da República e a própria PF ainda estão apurando.
Na decisão que autorizou a SOS, o ministro Francisco Falcão, menciona que, conforme levantamento "não exaustivo" (ou seja, ainda provisório) da PF, o patrimônio de Tsontakis chega a R$ 600 milhões e inclui um veículo no valor de R$ 450 mil. Tsontakis continua preso temporariamente.
Pena que as brechas na justiça em pouco tempo estes bandidos estarão flanando novamente em carrões.
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