sábado, 5 de setembro de 2020

Vejam a NBA. E tenham certeza de que meio segundo é uma eternidade.

Não tenho certeza, mas acho que foi de Armando Nogueira - o velho mestre, que escrevia sobre quaquer esporte com a leveza e o requinte dos melhores poetas - um texto que li certa vez.

Ele dizia que, no futebol, um craque precisava de apenas uma nesga de campo, de 1 metro quadrado que fosse, para exibir sua genialidade e seu talento.

É verdade.

Lembrem-se, por exemplo, de Pelé chapelando dentro da área um desconjuntado zagueiro sueco e vocês haverão de concordar que Armando Nogueira tinha razão.

Lembrei-me dessa verdade enquanto assisto, madrugadas a dentro, aos jogos da fase final da NBA que estão em andamento.

Se no futebol um craque precisa de 1 metro de quadrado para mostrar sua genialidade, no melhor basquete do mundo, o da NBA, meio segundo - isso mesmo, apenas e tão somente meio segundo - representa uma eternidade.

Veja o lance no vídeo.

Aconteceu na última quinta-feira (3).

Faltava meio segundo pra terminar o jogo.

O Toronto Raptors perdia para o Boston Celtics por 103 a 101.

Kyle Lowry, do Raptors, pegou um bola e passou-a para OG Anunoby, que arremessou.

Quando a bola viajava para a cesta, o cronômetro zerou.

Mas valeu a cesta. De três pontos.

O Raptors ganhou por 104 a 103.

Vejam a NBA.

E tenham certeza de que meio segundo é uma eternidade.

Um comentário:

  1. Como dizia o Zezinho do Açaí, ali da Pariquis, você vai saber o quanto demora 1 segundo dependendo de qual lado da porta do banheiro você está.

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