sexta-feira, 4 de setembro de 2020

A KGB de Putin matava antes e perguntava depois. Mas quem sabe a vacina de Putin não sensibiliza Bolsonaro?

Putin, mesmo a contragosto, adere à ciência. E Bolsonaro?

Vladimir Putin já foi da KGB.

Como todo bom serviço secreto, a KGB matava antes e perguntava depois, sobretudo nos tempos sombrios da Guerra Fria.

Opositores de Putin acusam-no de continuar o mesmo daqueles tempos. E apontam como exemplo opositores dele que estão sendo envenenados, como Alexei Navalny, no momento internado na Alemanha.

Sabe-se lá se Putin é inocente ou não.

Mas, convenhamos, no caso da vacina russa, a Sputnik, Putin faz o mesmo que a KGB fazia naqueles tempos terríveis: ele aplica antes e depois submete-se a protocolos internacionais, como a publicação, somente agora, dos resultados preliminares na revista científica "The Lancet".

Não se sabe bem quais as afinidades entre Bolsonaro e Putin.

Mas, vocês sabem, um autocrata normalmente estima o outro; um ditador incubado normalmente comunga dos mesmos sentimentos do outro.

Quem sabe, vendo a Putin aderir (mesmo a contragosto) a alternativas científicas, Bolsonaro não recuará em seu negacionismo insano, como fez ao dizer, inclusive, que ninguém é obrigado a tomar vacina?

Quem sabe?

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