terça-feira, 4 de agosto de 2020

Força aos libaneses. Força, libaneses!


Guardadas as devidas proporções, as imagens de parte da zona portuária de Beirute, a capital do Líbano, emanando um cogumelo explosivo de proporções gigantescas só encontram equivalência nas assustadoras, terríveis, tenebrosas e inauditas imagens das Torres Gêmeas desmoronando, esfarelando-se diante dos olhos do mundo inteiro, naquele fatídico 11 de setembro de 2001.
Por que guardadas as devidas proporções?
Porque, há quase 19 anos, morreram 2.977 pessoas no atentado ocorrido com o uso de aviões em Nova York.
Hoje, na tragédia libanesa, temos cerca de 80 mortes confirmadas.
Se recuarmos mais no tempo, as imagens que nos chegam do Líbano evocam os cogumelos atômicos erigindo-se dos solos de Hiroshima e Nagasaki, há 75 anos, naquela hecatombe que pôs fim à Segunda Guerra Mundial.
Infelizmente, ninguém - nem mesmo as autoridades libanesas - pode afirmar neste momento se o número de mortes vai subir um pouco mais ou avassaladoramente mais, eis que as condições para o início do monitoramento dos escombros ainda não são ideais.
De qualquer forma, é desalentador, é muito triste, é indescritivelmente horrendo sabermos que um País como o Líbano, com décadas - pelo menos desde os anos 1970 - de conflitos internos e agressões externas, está sendo palco de nova tragédia, e ainda mais num momento como este, em que a crise econômica já está sendo expressivamente agravada por esta pandemia.
Constrange e lancina a alma ouvirmos relatos de tanta gente - brasileiros, inclusive - que, vivendo no Líbano e sob o impacto dessa tragédia, prenuncia dias ainda mais difíceis para o País.
Força aos libaneses.
Força, libaneses.
Almejar isso para esse povo talvez seja até desnecessário, diante do histórico de conflitos que têm enlutado várias de suas gerações, há décadas.
De qualquer forma, o calor da solidariedade é o mínimo que podemos fazer, independentemente das distâncias que nos separam, para ajudar os libaneses a superar mais essa tragédia.

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