quarta-feira, 17 de junho de 2020

Paulinho Paiakã morre aos 65 anos vítima de Covid

Sting e Paiakã, na capa
da extinta revista Afinal
O líder indígena Paulinho Paiakã, 65 anos, da etnia kayapó, morreu na madrugada desta quarta-feira (17), vítima de Covid-19. O Distrito Sanitário Especial de Saúde Indígena (DSEI) no Pará informou que o corpo de Paikã será levado para a Aldeia Kayapó, onde será sepultado.

Na semana passada, o cacique Kayapó foi internado no hospital municipal de Redenção com sintomas da Covid-19 na semana passada. Como seu quadro clínico se agravou, ele foi transferido para o Hospital Regional de Redenção, onde faleceu.

Paiakan tornou-se mundialmente conhecido na década de 1980, quando passou a ter envolvimento mais ativo em defesa das causas indígenas, tendo como aliadas grandes estrelas internacionais, entre eles o cantor Sting.

Ao lado do cacique Raoni Metuktire, o indígena realizou diversos protestos contra o avanço da hidrelétrica de Belo Monte naquele período. Ainda, foi uma das principais lideranças do Encontro dos Povos Indígenas do Xingu, em 1989.

O cacique foi condenado em 1998 pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Pará, por unanimidade, a seis anos de prisão por ter estuprado, em 1992, a estudante Sílvia Letícia Ferreira.

Irekrã, esposa de Paiakan, acusada de ter agredido Letícia para facilitar a ação do marido, também foi condenada a quatro anos de detenção em regime semiaberto.

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