Com todo o respeito ao dever de todo jornalista - perguntar, perguntar, perguntar e perguntar -, mas é um insulto à racionalidade perguntar, ou mesmo insinuar a qualquer entrevistado, se ele acha que Jair Bolsonaro tenciona aplicar um golpe de estado ou, em linguagem mais técnica, promover uma ruptura institucional.
Ou mesmo perguntar se as Forças Armadas se mobilizariam para dar um golpe.
Uma pergunta como essa, é lógico, pode ser destinada a qualquer pessoa - a um cidadão, a um analista político, à torcida inteirinha do Remo, a um comunista ou a um bolsonarista.
Todas essas pessoas estarão livres para especular à vontade sobre se Bolsonaro vai ou não aplicar um golpe.
Mas perguntar a alguém próximo de Bolsonaro, e ainda mais essse alguém aparecendo de cara inteira para responder?
Isso não tem o menor cabimento.
Em entrevista à CNN, o vice-presidente Hamilton Mourão disse claramente que vivemos o que ele classificou de instabilidade emocional e que não passa pela cabeça de Jair Bolsonaro promover uma ruptura institucional.
Mas, em são consciência, alguém imaginaria o vice-presidente dando uma entrevista e dizendo claramente que o presidente vai, sim, aplicar um golpe?
Alguém acha que alguém decidido a dar um golpe vai marcar dia, hora, local e chamará toda a Imprensa para anunciar?
Ora, tenham paciência!
A CNN está apostando no guarda-roupa e fotogenia das suas apresentadoras e apresentadores para conquistar a audiência e ganhar da Globo a parada. Está parecendo universitários fazendo estágio na TV de faz-de-conta da facul.
ResponderExcluirA CNN possui boa programação, mas ultimamente está apelando. Uma pergunta dessa, possui resposta óbvia.
ResponderExcluir