Nelson Teich, oncologista de renome, é o mais cotado para substituir Luiz Henrique Mandetta no Ministério da Saúde.
O anúncio formal da troca de Mandetta deve sair ainda nesta quinta-feira (16) ou, o mais tardar, amanhã.
Na manhã de hoje, Teich chegou a Brasília.
Estava com máscara, como exigem as etiquetas de proteção contra o Covid-19.
Ao que tudo indica, dirigia-se ao Planalto, para conversar com Bolsonaro.
Não importa quem seja o substituto de Mandetta.
Seja lá quem for, a questão - simplória, mas básica, essencial e elementar - é a seguinte: o novo ministro estará vacinado contra Bolsonaro?
Estará, de alguma forma, imunizado diante das tresloucadas atitudes do presidente?
Estará vacinado contra as paranoias do Capitão e seus deboches que desautorizam membros de seu próprio ministério, como vinha fazendo com Mandetta até agora?
Teich já escreveu artigo defendendo taxativamente o isolamento horizontal. E se virar ministro, estará vacinado contra a provocação que será seu chefe, o presidente da República, saindo pelas ruas para estimular aglomerações, ao ponto de limpar o nariz com o próprio punho e depois cumprimentar as pessoas?
Teich, ou quem for o próximo ministro da Saúde, estará vacinado contra esse cidadão, o presidente da República, que não lidera nada, que só atrapalha e nunca demonstrou o menor apreço pelo decoro que seu cargo requer?
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