quarta-feira, 8 de abril de 2020

Nise Yamaguchi, a celebridade que defende o uso da hidroxicloroquina desde os primeiros sintomas do Covid-19, já esteve em Belém

Nise Yamaguchi critica politização da cloroquina e diz que não fez ...

Nise Yamaguchi, a médica oncologista e imunologista que nos últimos dias tem virado uma celebridade nacional, já esteve no Pará.
Em 2018, ela foi uma das conferencistas do XIX Congresso Médico Amazônico, que aconteceu de 23 a 25 de junho daquele ano, em Belém.
À época, o site do Sindicato dos Médicos do Pará (Sidmepa) fez uma excelente entrevista com ela, sobre o tema que abordou no congresso: “Segredos para uma vida longa com qualidade”.
Sumidade na área da oncologia no país e considerada pioneira na humanização do tratamento de pacientes de câncer, Yamaguchi não é uma porralôca, com muitos pretendem pintá-la. Vejam aqui as qualificações.
A médica tem sido estigmatizada porque a discussão sobre o uso da hidroxicloroquina no combate ao Covid-19 aproximou suas teses das que são defendidas por bolsonaristas e, obviamente, afastou-a dos que consideram os bolsonaristas uma horda de lunáticos prestes a despencar de um dos lados da Terra plana.
É uma pena que este confronto ideológico – extremadamente ideológico – esteja conduzindo um debate que deveria ser técnico, médico e científico – não necessariamente nessa ordem.
Assim, a discussão descambou para uma espécie de Rex-Pa, que termina sempre com torcedores se espancando, como se fossem selvagens.
Yamaguchi vem sendo estigmatizada porque, como outros profissionais da Medicina, defende que a hidroxicloroquina, associada ao antibiótico azitromicina, seja ministrada a pacientes já nos estágios iniciais do Covid-19, ou seja, nos primeiros cinco dias, e não apenas nos estágios avançadíssimos da doença, como está recomendando o Ministério da Saúde.
Por que não ouvi-la, como também a outros médicos, com menos preconceito e menos parti pri ideológico?

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