Em matéria publicada no portal do Valor Econômico
às 5h desta quinta-feira (26), e atualizada no fim da tarde, a jornalista Maria
Cristina Fernandes sustenta que estão em curso, como se diz, conjuminâncias para que JairBolsonaro, o vírus que nos desgoverna, renuncie ao cargo de presidente
da República.
A jornalista informa que no coração do poder,
que pulsa no interior do Palácio do Planalto, e nas demais instituições viralizou
a convicção de que Bolsonaro, após as atrocidades que já cometeu, tentando sabotar
os esforços nacionais, inclusive do seu próprio Ministério da Saúde, para
combater o coronavírus, acendeu a luz amarela de que é inviável sua permanência
à frente dos destinos do País.
E as alternativas que estão à vista?
A matéria diz que os militares, decididamente,
não estão dispostos a embarcar em nenhuma aventura, digamos assim, estranha à
Constituição. Ou seja: não admitem participar de um golpe.
Quanto ao impeachment, avalia-se que neste
momento é difícil.
Resta a alternativa da renúncia. Mas também há
obstáculos.
Veja, abaixo, alguns trechos da matéria:
Ainda
que Bolsonaro hoje não tenha nem 10% dos votos em plenário, um processo de
impeachment ainda é de difícil de viabilidade. Motivos não faltariam. Os
parlamentares dizem que Bolsonaro, assim como a ex-presidente Dilma Rousseff,
já não governa. Se uma caiu sob alegação de que teria infringido a Lei de
Responsabilidade Fiscal, o outro teria infrações em série contra uma “lei de
responsabilidade social”. Permanece sem solução, porém, o déficit de
legitimidade de um impeachment em plenário virtual.
Vem
daí a solução que ganha corpo, até nos meios militares, de uma saída do
presidente por renúncia. O problema é convencê-lo. A troco de quê entregaria um
mandato conquistado nas urnas? O bem mais valioso que o presidente tem hoje é a
liberdade dos filhos. Esta é a moeda em jogo. Renúncia em troca de anistia à
toda tabuada: 01, 02 e 03. Foi assim que Boris Yeltsin, na Rússia, foi
convencido a sair, alegam os defensores da solução.
Não faltam pedras no caminho. A primeira é que
não há anistia para uma condenação inexistente. A segunda é que ao fazê-lo, a
legião de condenados da Lava-Jato entraria na fila da isonomia, sob a alcunha
de um “Pacto de Moncloa” tupiniquim. A terceira é que o Judiciário, agastado
com o bordão que viabilizou o impeachment de Dilma (“Com Supremo com tudo”),
resistiria a embarcar. E finalmente, a quarta: Quem teria hoje autoridade para
convencer o presidente? Cogita-se, à sua revelia, dos generais envolvidos na
intervenção do Rio, PhDs em milícia.
Maria Fernandes renunciou à sua condição de jornalista, começando pelo próprio título do seu artigo, no caso "A Carta da renúncia", seguido pelo subtítulo "A costura de uma renúncia, como saída, passa pela anistia aos filhos". Existe "carta" e existe "costura"? Nada disto. Só existem na cabeça golpista de Maria Fernanda e do seu jornal.
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