quinta-feira, 26 de março de 2020

Renúncia de Bolsonaro já é tema em pauta nos altos escalões da República


Em matéria publicada no portal do Valor Econômico às 5h desta quinta-feira (26), e atualizada no fim da tarde, a jornalista Maria Cristina Fernandes sustenta que estão em curso, como se diz, conjuminâncias para que JairBolsonaro, o vírus que nos desgoverna, renuncie ao cargo de presidente da República.
A jornalista informa que no coração do poder, que pulsa no interior do Palácio do Planalto, e nas demais instituições viralizou a convicção de que Bolsonaro, após as atrocidades que já cometeu, tentando sabotar os esforços nacionais, inclusive do seu próprio Ministério da Saúde, para combater o coronavírus, acendeu a luz amarela de que é inviável sua permanência à frente dos destinos do País.
E as alternativas que estão à vista?
A matéria diz que os militares, decididamente, não estão dispostos a embarcar em nenhuma aventura, digamos assim, estranha à Constituição. Ou seja: não admitem participar de um golpe.
Quanto ao impeachment, avalia-se que neste momento é difícil.
Resta a alternativa da renúncia. Mas também há obstáculos.
Veja, abaixo, alguns trechos da matéria:

Ainda que Bolsonaro hoje não tenha nem 10% dos votos em plenário, um processo de impeachment ainda é de difícil de viabilidade. Motivos não faltariam. Os parlamentares dizem que Bolsonaro, assim como a ex-presidente Dilma Rousseff, já não governa. Se uma caiu sob alegação de que teria infringido a Lei de Responsabilidade Fiscal, o outro teria infrações em série contra uma “lei de responsabilidade social”. Permanece sem solução, porém, o déficit de legitimidade de um impeachment em plenário virtual.
Vem daí a solução que ganha corpo, até nos meios militares, de uma saída do presidente por renúncia. O problema é convencê-lo. A troco de quê entregaria um mandato conquistado nas urnas? O bem mais valioso que o presidente tem hoje é a liberdade dos filhos. Esta é a moeda em jogo. Renúncia em troca de anistia à toda tabuada: 01, 02 e 03. Foi assim que Boris Yeltsin, na Rússia, foi convencido a sair, alegam os defensores da solução.
Não faltam pedras no caminho. A primeira é que não há anistia para uma condenação inexistente. A segunda é que ao fazê-lo, a legião de condenados da Lava-Jato entraria na fila da isonomia, sob a alcunha de um “Pacto de Moncloa” tupiniquim. A terceira é que o Judiciário, agastado com o bordão que viabilizou o impeachment de Dilma (“Com Supremo com tudo”), resistiria a embarcar. E finalmente, a quarta: Quem teria hoje autoridade para convencer o presidente? Cogita-se, à sua revelia, dos generais envolvidos na intervenção do Rio, PhDs em milícia.

Um comentário:

  1. Maria Fernandes renunciou à sua condição de jornalista, começando pelo próprio título do seu artigo, no caso "A Carta da renúncia", seguido pelo subtítulo "A costura de uma renúncia, como saída, passa pela anistia aos filhos". Existe "carta" e existe "costura"? Nada disto. Só existem na cabeça golpista de Maria Fernanda e do seu jornal.

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