segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Clubes fazem pacto com vândalos. E os vândalos acabam sendo tratados como “torcedores”.

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Torcedor é torcedor.
Vândalo é vândalo.
Ao torcedor, todas as homenagens que ele justamente merece.
Ao vândalo, todas as punições que a lei comina para reprimir seus vandalismos.
Isso é simples.
Tão simples como a Terra é redonda (ainda que os terraplanistas, com pá e enxada, estejam tentando desbastar essa verdade).
Mas neste Brasil, em que dois e dois nem sempre são quatro, os clubes, sem exceção, recusam-se a tratar vândalos como vândalos. E acabam sofrendo as duras consequências dessa covardia e omissão inomináveis.
Vejam o caso do Fluminense.
Na semana passada, vândalos invadiram – isso mesmo, ­invadiram – o CT do clube para pressionar os jogadores, num momento em que o time, reconheçamos, vive um momento horroroso no Campeonato Brasileiro.
Mas eles, os vândalos, não tinham o direito de fazer o que fizeram.
Torcedor insatisfeito com seu time pode, sim, vaiar, xingar, enfim, mostrar toda a sua indignação. Mas nos estádios.
Torcedor insatisfeito não pode invadir um patrimônio do clube, que, saibam todos – torcedores e vândalos -, pertence aos associados.
Por que, no entanto, vândalos continuam fazendo o que fizeram os que invadiram o CT do Fluminense?
Porque há, digamos assim, um pacto de tolerância da diretoria dos clubes com essas quadrilhas.
Isso acontece em todo lugar, aqui no Brasil.
Acontece aqui em Belém, no Rio, no Oiapoque, no Arroio Chuí – em toda parte.
É preciso acabar com isso.
E pra acabar com isso, é necessário que os técnicos também se posicionem fortemente contra essas transgressões criminosas.
Precisam posicionar-se como o técnico do Santos, Jorge Sampaoli.
“Aqui no Santos não reclamo porque aqui não recebi nenhum protesto nem incômodo. Mas pode acontecer. As coisas saem de controle. Isso acontecem em todos os lugares. As pessoas que invadiram o prédio do Fluminense estão soltas. Invadiram local privado e estão soltas. Nada acontece”, disse o técnico.
Pois é.
Esse vândalos invadiram um local privado e estão soltos. Nada lhes acontece.
E porque nada lhes acontece, vão fazer de novo – repetidamente.
Que coisa!

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