Um dos lugares mais lindos deste planeta – sim,
deste planeta, sem exagero algum – está sob novas ameaças.
Alter do Chão, em especial as margens do Lago
Verde, foi escolhido como o local preferido para edificações que contribuem
para causar danos irreversíveis ao meio ambiente.
Trata-se da construção, obviamente irregular, de
uma unidade habitacional às margens do lago.
O Coletivo de Mulheres Indígenas Suraras do
Tapajós, povo Borari de Alter do Chão e moradores da Vila, denuncia que o imóvel
em construção já suprimiu a vegetação no entorno do Lago Verde e, inclusive, já
avançou significativamente sobre a praia, causando danos ambientais
irreversíveis.
O ecoturismo, chama atenção o Coletivo,
representa atualmente cerca de 90% da economia de Alter do Chão. “Dependemos do
nosso patrimônio natural para sobreviver, são igarapés, lagos, praias,
florestas alagadas, entre tantas outras belezas, que encantam e guardam a
história do povo Borari. A luta para preservar Alter do Chão é constante,
inúmeras invasões e construções às margens do lago e na Savana (vegetação rara
na Amazônia, que abriga plantas e animais endêmicos de Alter do Chão), vem
destruindo o lugar que tanto dá orgulho ao paraense”, diz o manifesto do
Coletivo.
A obra viola flagrantemente a legislação
ambiental, uma vez que não respeitou os limites das faixas marginais permitidos
para a intervenção em áreas de preservação permanente (APP), conforme o art. 4º
Lei n. 12.651/2012 (Novo Código Florestal) e Art. 7 º do Plano de Uso da APA
Alter-do-Chão.
O Coletivo informa que já foram feitas denúncias
à Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) de Santarém, mas, até o
momento, os reclamos têm sido em vão. O Ministério Público Federal também foi
acionado.
É hora de agir.
E
agir rapidamente, para evitar o pior.
Seria bom divulgar o nome do dono da obra, não?
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