Não nos desesperemos tanto assim como esse atentado à liberdade de expressão que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, acaba de cometer contra o site O Antagonista e sua revista, a Crusoé, compelindo-os a suprimir dos meios virtuais reportagem revelando ser o presidente do STF, Dias Toffoli, o Amigo do Amigo do meu Pai, conforme expressão usada pelo empresário Marcelo Odebrecht, em processo de delação.
Por que não devemos nos desesperar?
Porque essa decisão, muito embora esdrúxula,
inconstitucional e ofensiva à liberdade de Imprensa, pilar de qualquer
democracia que se preze, foi monocrática, individual, isolada, solitária.
Foi de Alexandre de Moraes.
E Alexandre de Moraes é do Supremo.
Mas ele não é o Supremo.
Como os atingidos já recorreram ao Pleno do STF,
teremos um maravilhoso embate nessa instância.
O confronto será Supremo x Supremo.
No plenário será a hora da verdade.
No plenário é que teremos o excelso momento em
que o Supremo, como instituição, poderá firmar, ou não, seus julgados e sua
jurisprudência sobre casos envolvendo a liberdade de expressão.
E vamos e convenhamos: pelo histórico do Supremo
em casos semelhantes, não há a menor possibilidade de que essa censura odiosa
se sustente.
Agora, se o plenário respaldar essa hediondez
cometida por Alexandre de Moraes, a pedido de Dia Toffoli, só nos resta pegar
a mochila e nos mudar para o Brasil, este país democrática, tolerante e
recantos das mais caras liberdades.
Porque,
aqui na Suíça, seria insuportável viver sob o tacão do retrocesso e do
obscurantismo.
Se fosse o Bolsonaro, a esquerda caviar cairia de "pau".
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