quarta-feira, 27 de março de 2019
Se o superministro Paulo Guedes está refugando, imaginem os outros
O superministro Paulo Guedes, que aqui no blog já chegou a ser saudado como chefe de governo Paulo Guedes, parece que está, também ele, caindo na real.
E a real indica o seguinte: uma coisa é apresentar números e argumentos - alguns, vá lá, até plausíveis - sobre a essencialidade de aprovar-se a reforma da Previdência para garantir a sobrevivência fiscal do País, outra coisa é transformar essas equações econômicas em argumentos palatáveis, digeríveis pela classe política.
Por isso é que Guedes não teve, digamos assim, muque para enfrentar a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça marcada para esta terça-feira (26).
E acabou fugindo.
Acabou refugando.
Fugiu e refugou porque: 1) Sabe quem deslize seu vai aprofundar ainda mais o poço sem fundo em que se encontra a reforma, ainda empacada no Congresso; 2) Sabe que o governo, em sua articulação política, está perdido, atarantado, atrapalhado; 3) Sabe que, diante dessa desarticulação, seria entregue aos lobos da oposição, sequiosos de desidratar politicamente o próprio Guedes.
Resumo da ópera: Paulo Guedes está passando, rapidamente, de superministro para ministro.
Porque se ele, superministro, está refugando, vocês imaginem o resto.
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