quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Por que o governo do Capitão passa a mão na cabeça de outro suspeito?


É o seguinte.
A deputada estadual eleita em São Paulo Janaina Paschoal (PSL) é bolsonarista de primeira hora – ou de segunda. Mas é, certamente, aliada de primeiras horas do Capitão, desde que ele consolidou sua candidatura a presidente.
Aliás, lembrem-se que ela foi até cogitada para ser a vice dele. Mas preferiu não encarar a parada.
Janaina, bolsonarista e advogada constitucionalista que é, tem credenciais, portanto, pra meter o bedelho nessas coisas estranhas, esquisitas e da típicas da velhíssima política que têm acontecido durante este início – turbulento, atabalhoado, desorientado e desequilibrado – do governo do Capitão.
Nesta terça-feira (19), ela defendeu o afastamento do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, por causa da suspeita de que ele criou um esquema com candidatos laranjas para desviar recursos na eleição, como denunciou a Folha.
Em mensagens publicadas em seu perfil no Twitter, Janaina disse que retirá-lo do cargo não significaria reconhecer sua culpa, mas garantiria a ele a chance de dar, na opinião dela, explicações mais satisfatórias do que as apresentadas até agora.
Janaina caminha, neste episódio, caminha sob a inspiração da lucidez. E do senso de justiça.
Afinal, por que a indignação do Capitão com o humilhado, desprezado, envilecido e demitido Bebianno, acusado de irrigar um laranjal em Pernambuco, e por que a contemplação, a complacência e tolerância com Marcelo Álvaro Antônio?
Por quê?
Na série de mensagens, ela disse ainda que "a manutenção do ministro do Turismo está fazendo o governo pagar um preço muito elevado e, salvo melhor juízo, tal preço não se justifica. Os relatos contra o ministro são consistentes e, até o momento, as explicações não foram satisfatórias", diz a deputada.
Quem a contesta?

Um comentário: