Leitor do Espaço
Aberto discorda, quase monossilabicamente, de postagem feita aqui, em que o
blog recomenda às mulheres que se uniram contra a candidatura de Jair Bolsonaro
(PSL) a entupirem
o general Mourão de açaí, para que ele fale, fale, fale e fale. Porque,
a cada declaração dele, os votos para Bolsonaro acabam escorrendo pelo ralo.
Enfim, o leitor entende que “há controvérsias” em
afirmações que tentam desmontar a formulação
mental – sei lá se realmente a gente pode emprestar essa classificação ao
que ele disse – de Mourão, para quem uma casa
só com "mãe e avó" é uma "fábrica de filhos desajustados".
Mamãããããeeeeeeeeee!
Para sustentar sua suposição de que haveria
controvérsias, o leitor mandar o link de matéria que a Folha publicou em junho
de 2016, sob o título 2
em 3 menores infratores não têm pai dentro de casa.
Não, meu caro, não há controvérsia alguma.
O blog conclama você a ler a matéria com os
olhos da inteligência.
Olhe, não vamos tomar o seu tempo.
Leia apenas esse trecho da matéria:
Ainda
segundo os dados, 37% dos jovens entrevistados têm parentes com antecedentes
criminais, o que pode indicar uma influência negativa dentro da própria casa.
"Pela experiência, é possível dizer que uma família funcional e presente,
seja qual for sua configuração, é o primeiro sistema de freios que um jovem
terá sobre suas condutas", diz o promotor Eduardo Del-Campo, que durante
um ano catalogou casos de menores infratores.
Leu bem?
Há dois detalhes exponenciais aí.
Primeiro, a variável de “37% dos jovens
entrevistados têm parentes com antecedentes criminais”. Precisaríamos saber,
Anônimo, qual é o peso dessa variável na pesquisa do MP, não é?
Segundo, as declarações do promotor: "Pela
experiência, é possível dizer que uma família funcional e presente, seja qual
for sua configuração...”
Entendeu, Anônimo? Ele, o promotor, fala em família
funcional, “seja qual for a sua
configuração”.
Você, Anônimo, certamente compreenderá que uma
mãe e um filho – ou 500 filhos – formam uma família. Uma avó e um neto – ou 500
netos – também formam uma família.
Você, acredito, entende isso muito bem. Mas não
é certo que o general Mourão, aquele a quem Ciro Gomes classificou de jumento de carga, consiga alcançar o
pleno entendimento sobre questões como essa.
Para o general Mourão, uma família só será
família se tiver um jumento, uma jumenta e um monte de jumentinhos, todos
juntos, em ordem unida.
Para o general Mourão, uma família só será
família se tiver um coelhinho, uma coelhinha e um monte de coelhinhos, todos
juntos, em ordem unida.
Para o general Mourão, uma família só será
família se tiver um rato, uma rata e um monte de ratinhos, todo juntos, em
ordem unida, e cada um comendo o seu queijinho.
Insista, caro leitor, você mesmo junto ao
general Mourão.
Mande pra ele essas noções básicas sobre o
mundo.
Porque o general, que entende perfeitamente
sobre ordem e progresso, precisa também conhecer outras realidades.
Entre elas, a de que, com régua e compasso, é
possível muita coisa.
Até mesmo construir outros mundos.
Bem melhores, menos intolerantes e menos
preconceituosos do que o mundo que está na cabeça e no coração dele.
Sua análise revela quanto parcial você é. Usa de analogias fora do contexto, e pior, usa como exemplo Ciro Gomes? "Pela lá"!?
ResponderExcluirUma coisa é não gostar de Bolsonaro, ou seu vice, outra bem pior é usar de retórica gramsciana para tentar desconstruir o direito a livre expressão. Só os que defendem a destruição da base familiar é que são os certos?
E não é questão de análise contextualizada.
Em tempo: não sou anônimo que você, com todas as venias, atacou compulsivamente.
De regra, a imprensa não admite candidatos oriundos das esferas militares.... nem daqueles que possuem grandes fortunas... Parecem que são inimigos da Nação.
ResponderExcluirEla admite, porém, e na boa, a de larápios do dinheiro público (Petrobrás, o grande exemplo!) e dos apaniguados destes....
Vai entender....