sexta-feira, 29 de junho de 2018

São Pedro do Tapajós. Que o tempo não apague essa tradição em Santarém.


Olhem só.
A foto, que chega ao blog, é de Raimundo Aquino.
A bela imagem mostra alguns barcos singrando o Rio Tapajós, em Santarém, integrando a tradicional procissão de São Pedro.
A imagem é evocativa, para este repórter, de muitas e doces lembranças. Que contrastam, infelizmente, como o cenário que se vê na foto.
Nos anos de 1960 a 1980, a procissão de São Pedro era um acontecimento em Santarém.
Eram dezenas e dezenas, pra não dizer centenas, os barcos que participavam da romaria fluvial.
O jornalista Miguel Oliveira, em conversa há pouco com o repórter, lembra que uma vez contou 350 barcos e voadeiras na procissão de São Pedro.
Vocês imaginem a boniteza que era esse acontecimento.
Vocês devem imaginar, além disso, que seria impossível um moleque, àquela época mergulhando no Tapajós enquanto os barcos passavam, esquecer aquele evento mesmo agora, 30, 40 anos depois.
Por isso, há mais de 15 anos, nunca deixo de acompanhar o Círio Fluvial de Nossa Senhora de Nazaré. Porque sempre me vêm à lembrança as imagens da romaria de São Pedro no Rio Tapajós.
Nos últimos anos, informa Miguel, amigo de infância, o número de barcos tem caído bastante. Neste ano, no máximo uns 50. Mas já houve anos que não passaram de 15.
É uma pena que essa tradição não venha sendo preservada como um traço cultural, ao mesmo tempo profano e religioso, marcante em Santarém.
Mas as lembranças, essas ficam. Perenes, vivas e vívidas.
Na mente, na alma e no coração.

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