terça-feira, 15 de maio de 2018

Pará quer ajuda da Força Nacional. Mas só se descobre isso com lupa.



Não se diga mais – não mesmo – que o governo Jatene continua ignorando, solene e olimpicamente, a possibilidade de convocação da Força Nacional para ajudar o Estado a enfrentar a criminalidade.
Descobre-se agora que o governador formalizou esse pedido durante encontro que manteve em Brasília, no dia 9 de maio, com o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, registrado na foto acima, da Agência Pará.
E coube à própria Agência, em notícia oficialíssima, incluir a informação, que é das mais relevantes, mas ficou resumida a exatas 15 palavras, exatamente 15, num texto de 1.749 intitulado Propostade compra de moradia para agentes de segurança é inovadora, diz titularda Caixa.
O registrou limitou-se ao seguinte, sem tirar nem pôr: “Também foi solicitada a colaboração da Força Nacional com equipes especializadas em inteligência e investigação”.
Tudo muito bom, tudo muito bem.
Talvez o governo do Estado possa dizer que, em hipótese alguma se rendeu aos clamores da oposição, que exigem desde o ano passado o envio de tropas da Força Nacional para reduzir os níveis alarmantes da violência que assola o Pará.
Mas, se o Estado não pediu tropas, pediu ajuda, de qualquer forma, em ações de inteligência e investigação. E isso, ressalte-se, não é uma ajuda menor; ao contrário, é das mais relevantes, porque o trabalho de inteligência torna-se fundamental em qualquer política - seja preventiva, seja repressiva - no âmbito da criminalidade.
Mas sabem como é: conveniências políticas nem sempre estão de mãos dadas com o bom senso.
Aliás, na maioria das vezes não estão de mãos dadas.

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