quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Qual a missão de Galloro no comando da PF? Falar pouco.

Rogério Galloro: para ser um ótimo diretor-geral da PF, basta ele falar 30% menos que Segovia
Convenhamos: Rau Jungmann, o novo ministro da Defesa, chegou chegando.
Ao chegar ao novo Ministério da Segurança demitindo o diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, Jungmann revelou, claramente, que sua aceitação para comandar a nova pasta teve como pré-condição obter do presidente Temer carta branca para mexer no comando da PF.
E fica evidente que a carta branca foi-lhe mesmo concedida.
Se foi, Jungmann passa à condição de um dos ministros com maior cacife político perante Temer, que, sabem todos, vinha travando uma enorme, comovente, cativante convivência com Segovia.
É que o agora ex-comandante da PF, desde o primeiro momento em que assumiu o cargo, parecia não trabalhar propriamente para garantir e preservar a autonomia de sua instituição, mas para defender o presidente da República.
Foi assim, por exemplo, quando disse que uma mala com R$ 500 mil, como a que Rocha Loures conduziu numa inesquecível corridinha, não era uma prova definitiva de crime.
E foi assim, mais recentemente, quando disse, simplesmente, que o inquérito que apurar malfeitorias em portos atribuídas a Temer tem tudo - ou tinha tudo - para ser arquivado.
E qual a missão do novo diretor-geral, Rogério Galloro? Falar menos que Segovia.
Se Galloro falar apenas 30% menos do que Segovia, já será uma dos melhores chefes da Polícia Federal.

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