sábado, 17 de fevereiro de 2018
Intervenção cosmética não será solução no Rio
A intervenção no Rio, como solução paliativa, tem tudo pra dar certo.
Mas é preciso que se estabeleçam medidas para depois - termine a intervenção em um mês, em dois meses ou apenas em dezembro deste ano.
E não seria exagero antever-se o seguinte cenário.
Polícias e demais forças auxiliares de segurança sob nova direção - no caso, o Exército.
Zona Sul carioca, onde estão os abonados, bem protegida.
Em decorrência disso, índices de criminalidade decrescentes - não muito, mas, pelo menos, razoavelmente decrescentes.
Ao contrário, os morros e a periferia deixados sob o poder de quadrilhas.
Entre a Zona Sul, rica mas protegida, e os morros, pobres e entregues aos bandidos, não haverá a sensação de que o Rio terá sobrevivido ao caos da insegurança?
Esse é um cenário possível.
E se de fato ocorrer, estaremos, nós e a acuada população do Rio, meio que iludidos de que a intervenção terá sido um êxito.
Mas, repita-se, não será um êxito se medidas paliativas não tiverem, como consequência, muitas outras que permitam ao Estado retomar o controle permanente da situação.
A começar pela moralização da polícia.
Ou das polícias.
Conseguirá o Exército esse feito?
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