Duciomar e companheira em prisão domiciliar

O juiz federal Rubens Rollo D'Oliveira, da 3ª Vara, converteu de temporária em domiciliar as prisões do ex-prefeito de Belém Duciomar Costa e de sua companheira Elaine Baía Pereira. Os dois foram presos na manhã desta sexta-feira (01), juntamente com outras pessoas, sob a acusação de participaram de um esquema criminosa que desviou mais de R$ 400 milhões, no período de 2005 a 2012, quando Duciomar governou Belém.
Rollo aceitou as alegações dos advogados de defesa, de que o ex-prefeito encontra-se em delicado estado de saúde, tanto que chegou à Polícia Federal em cadeira de rodas eletrônica. Quanto a Elaine, a prisão domiciliar se justifica porque ela está no oitavo mês de gestação. Posteriormente, o juiz vai apreciar se os dois suspeitos devem usar tornozeleira eletrônica.
A operação da Polícia Federal, denominada de Forte do Castelo, foi realizada em Belém, Brasília e São Paulo, com a participação do MPF, Controladoria- Geral da União (CGU) e do Escritório de Pesquisa e Investigação na 2ª Região Fiscal/ Coordenação-Geral de Pesquisa e Investigação (Espei).
Além do ex-prefeito e de Elaine, foram presos a irmã dela, Ilza Baia Pereira, e Délcio Donato Pantoja Oliveira. Também há mandado de prisão temporária contra Célio Araújo de Souza, que não foi localizado pela PF. Foram conduzidos coercitivamente à PF Márcio Barros Rocha, Jean de Jesus Nunes, Yuseff Leitão Siqueira e Edson Marinho Filho. Buscas e apreensões foram feitas na residência dos suspeitos e da empresa SBC Sistema Brasileiro de Construção Ltda.
A 3ª Vara determinou ainda a quebra de sigilo de dados de sistemas de informática e telemática, por entender que é medida necessária à apuração da infração penal. “Formo tal convicção a partir da consideração de que nas residências dos investigados podem existir equipamentos de informática e celulares que tenham sido utilizados para a prática delitiva. A quebra de sigilo de sistemas de informática poderá trazer à investigação elementos esclarecedores acerca das pessoas eventualmente envolvidas no crime, bem como o modus operandi, dentre outros dados relevantes à investigação policial”, diz Rubens Rollo.
Para saber mais sobre as prisões, leia a íntegra da decisão.