Terra sem lei
Descalabro institucional.
Corrupção sistêmica.
Quadrilhas organizadas e desorganizadas agindo à
solta.
Deboches institucionalizados às leis.
Isso tudo é o Rio, meu caros.
Numa terra onde uma Assembleia Legislativa
atribui a projeto de resolução – votado e aprovado por ela mesma em dois tempos
– os efeitos de um alvará de soltura, que só, exclusivamente só e somente só ao
Poder Judiciário compete emitir, pois uma Assembleia Legislativa que faz isso
sinaliza não haver mais limites para a audácia criminosa.
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro fez
exatamente isto: aprovou projeto de resolução, chamou um bedel, mandou que
corresse ao presídio de Benfica, entregasse à direção da casa e pronto:
liberdade concedida a Jorge Picciani (presidente da Alerj) e a outros dois
deputados – Edson Albertassi e Paulo Melo.
Os três acabaram devolvidos ao xilindró, de mala
e cuia, por decisão do TRF2. E agora têm a companhia do casal Anthony-Rosa
Garotinho.
Aliás, “O Globo” desta quinta-feira (23)
publicou a foto que ilustra esta postagem.
Simplesmente fantástica, pelo que representa de
longevidade e das dimensões da degradação moral e ética que solapa a vida
pública no Rio.
Da esquerda para a direita, aparecem Picciani,
Garotinho, Sérgio Cabral e Paulo Melo. Eles comemoram, em 1998, a eleição de
Garotinho para o governo do Rio.
Hoje, os quatro estão presos em Benfica.
E de 1998 até agora, três ex-governadores fluminenses estão
na cadeia – o casal Garotinho e Sérgio Cabral.
Terra sem lei
Descalabro institucional.
Corrupção sistêmica.
Isso
tudo é o Rio, meu caros.
Geraria é mais despesa e mais e mais apaniguados políticos no Poder, porque a corrupção é a mesma nas três esferas.
ResponderExcluirQuem vcs acham que interviria? O próprio PMDB, é claro, porque o interventor é escolhido pelo PR, ou seja, seria outro apaniguado.
Ali só tem uma solução: que o povo não eleja mais esses pilantras. Inclusive, esta solução é para todos.
O estado do RJ está em processo de metástase desde sempre, infelizmente.
ResponderExcluirEm tempo: não esqueçamos que a corja que lá está teve o "auxílio" luxuoso da dupla santa Lula e Dilma.
"MINHA TERRA TEM HORRORES"
ResponderExcluir"Canção do Exílio", poema de Gonçalves Dias, foi parafraseado por dois estudantes de escola pública do Rio de Janeiro.
Eis, ipsis litteris:
"Minha terra é a Penha.
O medo mora aqui
Todo dia chega a notícia,
Que morreu mais um alí.
Nossas casas perfuradas
Pelas balas que atingiu,
Corações cheios de medo
Do polícia que surgiu
Se cismar em sair à noite
Já não posso mais
Pelo risco de morrer
E não voltar para os meus pais
Minha terra tem horrores
Que não encontro em outro lugar
A falta de segurança é tão grande
Que mal posso relaxar.
Não permite Deus que eu morra,
Antes de sair deste lugar
Me leve para um lugar tranquilo
Onde canta o o sabiá."
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O Rio de Janeiro é Brasil.
O Brasil é Penha...
Onde estão os sabiás?
AHT
27/11/2017