segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Para os defensores do golpe militar, eis a corrupção de farda

E agora, Josés?
A nova onda - ilusória, enganosa, equivocada - que corre por aí, nessas redes sociais onde todos falam tudo e todos acabam falando de nada, é a de que o tsunami de corrupção que varre o país, com o Congresso no topo, só seria contido pelo salvacionismo militar.
Em outras palavras, é mais quem se rende a correntes virtuais que pregam, escancaradamente, deploravelmente, ilusoriamente e outros tantos mentes, que a volta dos militares ao poder seria uma espécie de panaceia para todos os males brasileiros.
E qual o argumento básico que essas crianças ingênuas - mas nem tanto - utilizam para defender um golpe militar?
Valem-se do argumento de que as instituições militares colocariam um freio à corrupção porque, ora bolas, não cultivam a corrupção entre seus hábitos, suas práticas e seus princípios.
É mesmo?
Pois a reportagem de capa da revista Época começa assim.

Embora persista o mito de que os militares são mais honestos do que os civis no trato com a coisa pública, não há evidência empírica disso. Tanto militares quanto civis desviam recursos públicos, fraudam licitações, pedem e recebem propina. Não há estudos que indiquem qualquer distinção entre a escala de corrupção nos mundos civil e militar. Pelas teorias mais recentes na literatura sobre corrupção, duas coisas, em especial, tendem a aumentar as chances de tunga aos cofres públicos: oportunidades para roubar e a percepção de que não haverá punição. Ambas existem, no Brasil, entre militares e civis. Estes não são especialmente desonestos. Aqueles não são especialmente probos.

A revista apurou que nos últimos cinco anos foram instaurados 255 processos pelo crime de peculato (desvio de dinheiro público em proveito próprio) e 60 por corrupção ativa ou passiva no Exército, na Marinha e na Aeronáutica.
"O material foi remetido ao Tribunal de Contas da União (TCU); investigadores da Corte estão destrinchando irregularidades encontradas nas três Forças, com prejuízos milionários aos cofres públicos. Os casos restringem-se a danos ao Erário superiores a R$ 100 mil. O valor estimado de prejuízo aos cofres públicos nesses principais casos é de R$ 30 milhões, mas, a depender do avançar das investigações, pode se revelar maior", acrescente Época.
E agora, o que dirão os defensores de golpes sobre a suposta limpidez ética nas imaculadas instituições militares?
O que dirão?

7 comentários:

  1. Um medo É um medo. Mito neles!

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  2. Isso só pra falar nos militares das 3 forças armadas.E o que dizer das puliças militares e bombeiros espalhados pelo país?
    Corrupação e outros males da vida civil,militar e aeroespacial só se vence com mais democracia.

    Cláudio Teixeira

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  3. Peixão ou lambari
    quando quer afanar...
    Seja civil ou militar,
    com ou sem rima...
    Ninguém segura, minha gente!

    (Enquanto o contribuinte passivamente aceitar e todas as contas pagar, assim sempre será!)

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  4. É verdade Claudio. E o que falar dos civis da lava jato e dos civis que o stf não prende ou solta?

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  5. Bandido é feito de gente.

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    Respostas
    1. Onde eu assino?

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    2. Direi caro pôster que em um eventual governo militar, os militares deveriam ser punidos com maior rigor que os civis. Exemplo? Pena de morte por corrupção.

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