segunda-feira, 30 de outubro de 2017
Machida, em respeito a si mesmo, deveria parar
Vamos combinar?
Combinemos, então - na boa e diboa: Lyoto Machida, o baiano mais paraense do que muito paraense, esse atleta que a gente tanto admira e do qual o Pará se orgulha, deve parar. Precisa deixar o MMA o quanto antes.
E deve fazê-lo por muitas razões.
Em respeito a si mesmo.
Em respeito à sua trajetória nas artes marciais.
Em respeito ao público que o admira.
Em respeito ao tempo - esse implacável.
Em respeito à sua própria integridade física.
A derrota de Machida para Derek Brunson, na madrugada de sexta-feira para sábado, durante o UFC São Paulo, não foi uma derrota qualquer.
Foi um massacre - brutal, torturante, chocante - tanto para Machida quanto para os que o têm como ídolo e torcem para ele.
E assim, ressalte-se, têm sido as últimas lutas em que Machida foi derrotado. Ele se permite nocautear com tal facilidade que desaba - qualquer desmaiado, quase desacordado, apagado, destroçado, desmontado.
Esses já não seriam sinais mais do que suficientes para ele render-se às evidências de que já deu o que tinha de dar no MMA?
Compreende-se que Machida deve estar vivendo aquele drama que toma de assalto todo grande atleta quando vê se aproximar a hora de sair, de se aposentar.
Compreende-se que esteja vivendo o drama do ocaso - inapelável e inevitável.
Mas é preciso, por tudo o que se expôs, que Machida meça com régua e compasso se continuar no UFC, sem ter condições para tanto, ainda lhe é dignificante como atleta.
Só que isso deveria ter ocorrido bem antes. Antes mesmo da vergonha do doping (ainda que não intencional).
ResponderExcluirJá está passando da hora de parar.
ResponderExcluirPara não terminar em vexame.