Com todo o respeito – todo o mesmo – aos que
reconhecem na delação premiada um eficaz instrumento para descobrir artimanhas
processadas nos porões onde criminosos, com e sem colarinho branco, se conluiam
para surrupiar os dinheiros públicos.
Mas a delação de Lúcio Funaro, tido como o
operador do PMDB na Lava Jato, está cheio de ele me disse, de ouvir dizer,
de ele teria recebido e expressões do
gênero.
E mais: um dos que mais disseram a Funaro é Eduardo Cunha, que está preso e sabe de muita
coisa, é óbvio, mas cuja credibilidade não vale zero vezes 1 milhão de zeros.
Não vale nada, em suma.
Se não podemos acreditar no que um Eduardo Cunha
diz, podemos acreditar no que ele disse a Funaro?
É só uma pergunta, gente.
Os 51 milhões do Gedel mostram esse disse-não-disse.
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