quarta-feira, 12 de julho de 2017

"Flanelinhas" fazem e acontecem à luz do dia. Um escândalo.



Flanelinhas - sim, eles, sempre eles - continuam arrupiando sob as barbas de quantas autoridades existam e que, tendo competência para coibir excessos, nada fazem, ou fazem muito aquém do que deveriam.
Flanelinhas há, acreditem, que prestam até um bom serviço. Mas outros, muitos outros, sobretudo quando se juntam em áreas nobres da cidade, agem, sim, como se fossem os donos do pedaço, arrogando-se o direito até mesmo de intimidar acintosamente sobretudo mulheres e idosos que se recusam a pagar o que lhes exigem.
E quando tal ocorre, isso é extorsão da pura, né?
É o que mostra um leitor do blog que, por motivos mais do que óbvios, prefere não se identificar, mas manda texto e fotos descrevendo a situação escandalosa que ocorre em área da cidade onde se situam a Prefeitura de Belém, o Ministério Público e o Fórum Cível.
O Espaço Aberto, por cautela, encobriu o rosto do flanelinha que aparece na foto.
Vejam o desabafo do leitor.

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Estamos vivendo à mercê da marginalidade, todos os dias e em todos os lugares. Belém tem suas ruas loteadas por “flanelinhas”, em sua maioria homens que, mediante ameaças tácitas ou expressas, praticam crime de extorsão junto aos motoristas, tendo que lhes pagar pela vaga ocupada. Às vezes, o pagamento é mensal ou semanal.
O desrespeito ao Poder Público, que mostra sua falência como um todo, está no fato de que tais crimes acontecem à luz do dia e na cara das instituições responsáveis por garantir a paz social, ordem e a fiscalização e cumprimento da lei.
Passando a Seccional do Comércio, à frente da Delegacia de São Brás e da Pedreira, à frente da Justiça do Trabalho, da Justiça Federal, do Ministério Público do Trabalho há esse tipo de “pedágio” ou “cobrança” por parte dos “flanelinhas” ditos “guardadores de carro”, que não contribuem, não pagam impostos e, de seus ganhos incalculáveis, não é descontado o imposto de renda/INSS/IRPF ou qualquer outro tipo de tributo municipal/estadual/federal.
Pior é que essa categoria que vive de “crime continuado”, ainda tem associação!         
Alguns delegados de Polícia já chegaram a prender “meliantes” em flagrante delito, e não tardou para que a Justiça os colocasse na rua e eles voltassem a praticar o mesmo tipo de “desserviço”. Certamente esses delegados também irão fazer “vista grossa” nas próximas vezes, já que seu trabalho foi em vão.
Essa semana nos deparamos com uma “novidade”.
À frente da Prefeitura de Belém, Fórum Cível e do Ministério Público Estadual – pasmem, o órgão Fiscalizador da Lei, que fiscaliza tudo e todos – os “flanelinhas” agem descaradamente no loteamento do espaço público, reservando as “vagas” com cones.
Toda aquela área conhecida é policiada pela Polícia Militar pela Guarda Municipal.
Há cerca de 70 militares no Ministério Público guardando suas instalações e membros (promotores), enquanto que do lado de fora, os servidores sofrem diariamente este tipo de constrangimento.
Outros tantos Policiais Militares no Fórum Criminal, que fazem a segurança dos Juízes e dos prédios, e sem contar os militares que estão na Alepa, fazendo o mesmo tipo de serviço.
A Guarda Municipal, por sua vez, cuida da prefeitura, e semanalmente aparece com a Semob para guinchar carros estacionados irregularmente, o que não é errado, por ser previsto em lei. Diferentemente da cobrança praticada pelo “flanelinha”...
Do lado de fora, onde os servidores destes “poderes” e os usuários vivem uma relação de submissão, talvez, da maior “extorsão coletiva” ocorrida nesta cidade e bem na frente dos “aplicadores” da lei, sem que nada façam para coibi-la.
Mais uma prova de que a lei funciona, mas apenas quando é conveniente às autoridades aplicá-las.
Ao cidadão de bem, resta o reforço na descrença no Poder Público.
Aos que podem, a saída é o aeroporto...

Um comentário:

  1. Importante ressaltar que a prática de pagamento mensal a estes ditos "donos do pedaço" é comum até por servidores e alguns "homens da Lei". Assim que querem acabar com isto?

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