quarta-feira, 12 de abril de 2017
Helder: para os aliados, absolvido; para os adversários, condenado
Uma coisa é certa.
Entre os peemedebistas do Pará, os surpresos e os não surpresos com a presença do nome de Helder Barbalho na lista dos 76 investigados por suposto recebimento de propina da Odebrecht são unânimes em admitir que a candidatura do atual ministro da Integração ao governo do Estado, em 1918, sofrerá um abalo considerável.
Até agora, Helder vem se movimentando com desenvoltura de pré-candidato ao governo do Pará, cargo que ele almejou em 2014, mas foi derrotado pelo tucano Simão Jatene.
Com o desenrolar do inquérito no Supremo, sua credibilidade fica chamuscada diante da dúvida de alguns e da certeza de muitos de que ele realmente estaria envolvido no esquema de propinas da Lava Jato.
Enquanto houver apenas um inquérito em andamento, nenhuma certeza deve prevalecer: nem pelo sim, nem pelo não.
Mas o juízo político, como se sabe, não anda pari passu com a razão e nem com o menor e mais remoto senso de justiça.
Assim é que um simples inquérito bastará para os aliados de Helder consideraram que ele é apenas um investigado, sobre o qual, eles têm certeza, nada ficará provado em termos de falta de ética.
Para os adversários do ministro, todavia, a simples instauração de um inquérito representa, em termos políticos, a condenação - irrecorrível, inapelável e irreversível - de Helder Barbalho. E é assim que vão tratá-lo daqui para a frente.
Helder deve torcer para que, em benefício de sua candidatura, ocorram duas coisas.
A primeira: que o inquérito no Supremo, o mesmo em que aparece o senador Paulo Rocha (PT-PA) ande rápido e termine no máximo ainda este ano.
A segunda: que não seja indiciado pelo Supremo e nem denunciado pela Procuradoria Geral da República.
Se alcançar essas duas benesses, aí sim, Helder poderá subir nos palanques e dizer: Eu sou o cara.
Do contrário, se o inquérito terminar apenas no ano que vem, o da eleição, e ele for indiciado, denunciado e virar réu no STF, seus adversários é que dirão sobre Helder: Ele já era.
A ver.
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