Os bolões
para o Oscar, que acontece neste domingo, já começaram.
E o repórter não se conforma - não mesmo - desse
filme, La La Land, ter sido indicado
para 14 categorias.
Quatorze, gente.
Parece até brincadeira. E de muito mau gosto,
diga-se.
Fui ver La
La Land há umas duas semanas.
Sabia que não
iria gostar. Mas fui querendo
gostar. Não gostei.
Não gostei porque senti-me tratado como um
imbecil (e posso até sê-lo, mas não gosto muito - e quem gosta? - de ser
tratado como um).
La
La Land nos vê de tal forma como imbecis que até quando
a história se desloca para Paris, por exemplo, aparece a animação de um
aviãozinho sobrevoando o globo terrestre até chegar à capital francesa.
Do contrário, parece que ninguém saberia que a
história se deslocava de um lugar para outro.
Entenderam?
Putz!
Em compensação, o repórter assistiu a
"Estrelas Além do Tempo".
Fenomenal.
Simplesmente fenomenal.
Racismo, preconceito, persistências,
inteligências escanteadas
simplesmente por valores pérfidos e arrogâncias que estimulam violências - tudo
isso está lá, num filme que retrata, além disso, os bastidores do início da
corrida espacial americana, na era Kennedy.
Também assisti a "Lion - Uma Jornada para
Casa".
Também um filme marcante, sobre uma história tão
banal - a perdição de um garoto e sua tentativa de reencontrar-se com suas
origens -, mas que acaba comovendo e oferecendo um painel, ainda que não muito
aprofundado, sobre um problema social gravíssimo na Índia, onde mais de 80 mil
- sim, 80 mil - crianças desaparecem por ano, muitas delas sequestradas.
Admito que La
La Land até poderia, sim, concorrer a algumas estatuetas.
Mas 14?
Nada a ver.
Enfim, é o Oscar.
Que muitas vezes nos surpreende até mesmo por
essas coisas incompreensíveis.
O filme tem muitas cenas copiadas de outros filmes musicais. Tem até de "Sing indo te rain". É um.control-C tremendo.
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