terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Isso não é uma estrada. É um verdadeiro horror.


A foto é da Agência Pará.
Diz-se que isso é uma estrada.
Diz-se que isso aí uma daquelas estradas que nos anos 1970 - nos tempos do Brasil, ame-o ou deixe-o - foi vendida pela propaganda oficial como rodovia de integração nacional, juntamente com a Transamazônica. Também eram os tempos do integrar para não entregar.
Diz-se que isso aí é essencial para ligar o Pará ao Centro-Oeste brasileiro - e vice-versa.
Mas não é.
Nada disso é.
Isso daí que vocês veem é a dita BR-136, popularmente a rodovia Santarém-Cuiabá.
No trecho fotografado, entre os municípios de Trairão e Novo Progresso, no sudoeste do Pará, cerca de 2 mil caminhões - 2 mil, meus caros - estavam retidos até a noite desta segunda-feira por um imenso atoleiro. O congestionamento já superava os 50 quilômetros, só um pouco menos que a distância de Belém a Mosqueiro.
Na noite desta segunda-feira, em programa jornalístico pela TV, uma senhora disse que há 24 anos é a mesma coisa - a mesma situação, o mesmo atoleiro, o mesmo congestionamento, os mesmos sacrifícios.
Há 24 anos que é o mesmo horror.
A Agência Pará informa que equipes do DNIT faz uma recuperação emergencial da rodovia em seis pontos do trecho, onde, além da estrada, há pontes em situação precária. A Polícia Rodoviária Federal e o Exército fazem o ordenamento das carretas.
Não há recuperação emergencial que reduza esse horror.
Realmente, não há.

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