Não sei não.
Mas a vitória em si de Donald Trump é mais
assustadora se considerado o contexto em que se processou.
Primeiro, em relação à sua própria legenda, o
Partido Republicano.
Segundo, quando se considera a nova composição
do Congresso (na foto).
Trump chegou ao final da campanha praticamente
sem qualquer apoio de seu partido.
O ex-presidente George W. Bush, por exemplo, que
muitos consideram a quintessência do conservadorismo republicano, disse que não votariam em Trump.
Candidatos republicanos houve que fizeram
campanha, abertamente, contra Donald Trump. Vários, inclusive, se elegeram.
O que isso significa? Quem Trump, agora, pode
estufar o peito e moldar o Partido Republicano ao seu perfil e ao seu estilo.
Em relação ao Congresso, o Partido Republicano,
que já era maioria na Câmara, agora também conquistou o Senado.
Há uma possibilidade muito maior do que parte do
prometido por Trump durante a campanha seja cumprida com menores dificuldades
do que as enfrentadas por Barack Obama, por exemplo, sobretudo em seu segundo
mandato.
E mais: Trump ainda vai moldar a Suprema Corte
ao perfil conservador, porque vai indicar de um a três juízes, que julgarão
casos como aborto e casamento de homossexuais.
Não
é assustador um contexto como esse?
Acho que o blogueiro precisa, respeitosamente, se atualizar. Bush não é conservador e nem os republicanos, pelo menos grande parte. Para quem acompanha os EUA, o último presidente conservador de fato foi Reagan. Bush pai se considera uma espécie de pai de Clinton e Bush filho uma espécie de irmão. Eles se aconselhavam entre eles. E seria ótimo que Trump nomeasse juízes conservadores para a Corte, o que eu não tenho certeza, porque ele mesmo não é conservador, tanto que se divorciou duas vezes. A propósito, faz muito tempo, muito mesmo, que ser republicano era sinônimo de conservadorismo, pelo menos uns 30 anos.
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