Muito bem, garotos.
O Wikileaks diz ter mais
de mil e-mails de Hillary Clinton, a virtual candidata democrata à Casa
Branca.
Mas o que o Wikileaks tem sobre o opositor dela,
Donald Trump, esse alucinado que, por mais incrível que pareça, pode tornar-se
o presidente de maior potência bélica do planeta?
Hillary, convenhamos, não é boa candidata quando
vista de per si.
Ela é boa candidato porque, como opositor, tem
um irresponsável, inconsequente, espalhafatoso e basbaque como Donald Trump.
Aliás, a grande sorte dos americanos é esta:
eles escolheram nas primárias dois candidatos com a quase - eu disse quase - certeza de que estavam fazendo
isso para o menor pior vencer, no caso Hillary.
Quanto ao Wikileaks, convenhamos que, do
manancial - verdadeiramente copioso e colossal - de informações que já despejou
para o distinto público de todo o mundo, uma quantidade igualmente colossal e
copiosa é inaproveitável, inútil e sem qualquer serventia, em termos de aferição
de políticas estratégicas.
Cavucar
os e-mails de uma mulher que pode eleger-se pela primeira vez a presidente dos
Estados Unidos deve ser instigante ou não, dependendo do que eles contenham.
Mas é preciso saber, repita-se, o que o
Wikileaks tem sobre Trump.
Será que não tem?
Ou, se tem, acha que não vale a pena divulgar as
peripécias de um histriônico?
Sinceramente eu não sei qual o pior. Ted Cruz talvez fosse o melhor por ser conservador. Sobre os e-mails, acho que só autoridades americanas foram espionadas. Trump não o é. E o espião fugiu quando Trump não era candidato, pelo menos oficialmente.
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