O coronel Nunes, perseguido
pela ditadura, como vocês sabem, deve estar contando as horas para
acabar logo essa brincadeira de presidente da CBF.
Nunes jamais reconhecerá isso, por evidente. Mas
que deve estar pensando dia e noite, noite e dia, em largar esse osso bom, sobre
isso ninguém duvide.
É que, por aqui, Nunes sempre esteve sossegado.
Por aqui, apenas como presidente da brava
Federação Paraense de Futebol (FPF), jamais se questionou a impertinência, a
insensatez, a irracionalidade e a ilegitimidade de cartolas como o coronel
manterem-se há duas décadas à frente de uma entidade desportiva.
Mas eis que Nunes, inopinadamente,
inesperadamente, surpreendentemente e, para ele próprio, prazerosamente, dá um
salto para os píncaros da glória (hehehe) ao tornar-se presidente, mesmo que
provisório, da augusta, digna e cândida CBF.
Pronto. Aí a coisa mudou de figura.
Por força da grande e benfazeja fama da entidade
que ele preside, o coronel defronta-se, por exemplo, com a ameaça de ser
conduzido debaixo de vara no próximo dia 16 deste mês, até o recinto do Senado
onde deverá depor como testemunha na CPI do Futebol.
A condução coercitiva, ordenada
pela 4ª Vara da Justiça Federal, por expressa determinação do Tribunal
Regional Federal da 1ª Região, em Brasília (DF), deixa a Nunes apenas uma
alternativa - a de silenciar, porque será seu direito fazê-lo, se ele assim o
quiser e estiver amparado por algum habeas
corpus.
O presidente da CBF já teria dito que, desta
vez, vai por livre e espontânea vontade (ou seria mesmo por livre e espontânea
pressão?).
Ótimo. Pois que seja assim.
Mas haverá de responder a contento o que,
presume-se, a CPI lhe perguntar sobre supostos indícios de corrupção na CBF?
Sabe-se lá.
Até porque Nunes, vocês sabem, já declarou em
alto e bom som, para o Brasil e o mundo ouvirem, que não tem
conhecimento de corrupção no futebol brasileiro.
Hehehe.
O coronel é uma parada.
Ora, vai dar uma de Lula: eu não sabia.
ResponderExcluirCom um salário de mais de 100 mil reais, quem vai ver alguma coisa?
ResponderExcluirComo o Coronel não é do PT, tenho oportunidade de saber antes da medida, questionou a mesma no Supremo e teve liminar proibindo sia condução coercitiva, mesmo que antes tenha sido intimado e não compareceu.
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