segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

General põe a tropa na rua. Por mais incrível que pareça.

Jeannot Jansen: bafejos de segurança numa selva de insegurança
Então, combinemos.
Dai a César o que é de César.
Dai a Jeannot o que é de Jeannot.
Jeannot, no caso, é o general Jeannot Jansen, Sua Excelência o secretário da Segurança Pública do Pará.
Tudo bem que, na gestão dele, cidadãos que ousam caminhar numa das praças mais aprazíveis da cidade são assaltados com banda do Exército à sua ilharga, mas convém reconhecer publicamente quando sentimos uns bafejos de segurança à nossa volta.
Na última sexta-feira, dia de Natal, o pôster foi correr à noite, por volta das 19h, no Portal da Amazônia.
Pois acreditem: havia policiais em grande número - a cavalo, em veículos e motocicletas - para garantir a segurança de centenas de famílias, a maioria com crianças, que na ocasião se encontravam lá, aproveitando uma nota agradável e, portanto, tranquila.
Naquele ambiente, podia faltar tudo, menos a sensação real de que estávamos em segurança, coisa rara, raríssima de acontecer nesta Belém de hoje, de ontem, e de muitos anos atrás.
Meno male que tenha sido assim.
Nesses raros momentos é que sentimos, ao mesmo tempo, o desalento de constatar que há muito já não desfrutamos da sensação de que o Estado, aqui e alhures, infelizmente não consegue cumprir uma de suas funções básicas, precípuas, elementares: preservar a integridade física dos cidadãos.
Bem que o general Jeannot, ao menos uma vez por semana, poderia pôr sua tropa inteirinha para proteger um determinado bairro de Belém, em sistema de rodízio.
Apenas para proporcionar aos moradores a dádiva de se perceberem seguros para o exercício de atividades banais, mas tão prazerosas e cada vez mais raras, como a de sentarem-se numa área pública com seus filhos, para vê-los brincar à vontade, livres e imunes a quaisquer agressões.
Sim, porque nós temos o direito de nos sentirmos livres, não é?
Ou será que esse direito é apenas de bandidos que, devendo estar presos, estão a solta por aí?

2 comentários:

  1. E havia uma blitz na Riachuelo no sábado e viaturas circulando toda a semana. Estranho.

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  2. Já em Salinas...a bandidagem atuava intensamente sem ser "incomodada"; cadê puliça? na praia, nos bairros, nenhum vestígio de segurança.
    Ah, mas também ...o Pará é enorme, né?!

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