quinta-feira, 29 de outubro de 2015
Atentados a PMs disseminam o medo. Faz sentido.
Espantoso, não é?
Simplesmente, é espantoso.
Na segunda-feira feira à noite, um dos suspeitos de envolvimento na morte do PM Vitor Cezar Pedroso, assassinado após reagir a uma tentativa de assalto na noite do último domingo (25), em Belém, foi executado dentro do quarto onde o paciente estava internado, no Hospital Geral da Unimed, aquele ali da Domingos Marreiros com a 14 de Abril.
Jaime Thomás Nogueira Júnior, o “Pocotó”, foi executado com 13 tiros, por homens encapuzados que invadiram o hospital particular.
Na tarde desta quinta-feira, outro PM, Alberto José Rebelo Neves, sargento da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam), foi baleado na travessa 14 de Março, entre José Pio e Djalma Dutra, no bairro do Telégrafo. Ele foi socorrido e levado até um hospital particular, na avenida Visconde de Souza Franco, e de lá, foi encaminhado até o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência.
As redes sociais, depois das duas execuções, foram inundadas de comentários de gente externando medo, para não dizer pavor de que uma nova onda de violência se instale na cidade.
O medo não é um qualquer. Faz todo o sentido. Tem todo o fundamento.
É que a execução dentro das dependências do hospital da Unimed tem todas as evidências de ter sido coisa, digamos assim, de profissionais.
Exibe evidências de ter sido planejada por gente que entende do riscado.
O medo - em grau maior do que normalmente - ainda é decorrente da chacina ocorrida em novembro do ano passado, na periferia de Belém, em que 11 pessoas foram assassinadas, num dos episódios mais aterradores da violência que assola Belém.
Como não ter medo assim?
Há um processo evidente de degradação da disciplina na PM. Os critérios de promoção pouco profissionais que grassaram nos últimos anos corroeram a hierarquia.O resultado é uma crescente autonomização de grupos internos que agem/reagem como querem a cada situação pois a impunidade está garantida.
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