Assustador.
Simplesmente assustador.
José Luiz Datena (na foto), esse herói do comedimento, do
recato e da moderação, sempre assusta.
Quando está calmo – calmíssimo, para dizer
melhor -, Datena invade
estúdio da própria emissora em que trabalha para sentar a pua, ao vivo
e em cores, em colegas que o contrariarem por causa de inofensivos comentários.
Quando não está muito calmo, Datena é capaz de ir
muito além.
É capaz, praticamente, de imolar-se, de dar um
tiro nas próprias fuças para passar como o herói que tombou morto por boas
causas, entre elas o seu jornalismo imparcial.
Datena, em seu programa desta quinta-feira,
apresentado no início da noite pela Band, estava quase a este ponto: de
imolar-se ao vivo.
Várias vezes, disse que apenas morto é que
poderão calar sua voz.
Disse que não está nem aí se derem um tiro nele.
Vociferou dessa forma em vários momentos durante
o programa.
Deu um show.
Um show de exibicionismo.
Pensei, por momentos, que Datena iria chamar os
comerciais, faria um número dois
(mais conhecido por fazer xixi), cuspiria para o lado e, na volta, obrigaria de
arma em punho que o câmera o matasse a bala.
Mas não.
O cara falou, falou e falou.
Depois, os telespectadores lembraram-se: é que
Datena é pré-candidato
a prefeito de São Paulo.
Hehehe.
Que tal Datena prefeito?
Que
tal?
Hoje a situação tá tão ruim, que, se não houver corrupção, não precisa fazer nada que tá bom.
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