Espiem só.
Vocês aí, que de dez entre dez, têm carros, como
é que vocês ficarão?
Ou por outra: como é que nós ficaremos em tempo
curtíssimo?
Em Belém, nos últimos dois anos, e já
considerando os equipamentos que vão entrar em funcionamento a partir de
outubro, já temos quase 30 pontos monitorados por radares, todos eles exigindo
redução de velocidade para 60
km/h no máximo maximorum.
Em São Paulo, o governo Haddad lançou um Programa
de Proteção à Vida. Muito bem, professor! Resultado: além das Marginais, todas
as principais vias da cidade – todas, vejam bem – terão suas
velocidades reduzidas, muitas delas para 50 km/h.
Em Brasília, já são mais de 200 radares – dos
mais modernos. E fiquem atentos, se forem dirigirem lá, porque numa mesma via é
possível que, num trecho, a velocidade seja de 60 km/h , num outro de 40 km/h e num terceiro de 40 km/h . Se você não estiver
atento, será multado três vezes numa pisada só.
Sabem de uma coisa? Queiramos ou não, nós,
brasileiros, só obedecemos com base na coerção.
Mas, convenhamos que o trânsito nas cidades está
parando, né?
O que fazer?
O
que faremos?
O brasileiro só aprende se tocar no que lhe é mais sagrado, o bolso. Se deixar livre, põe 100 km na Almirante. E mais: tem que aumentar o número de guinchos nas ruas.
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